Os brasileiros Yuri Marajó e Pedro Nobre travaram a luta mais polêmica do UFC São Paulo, evento que aconteceu no último sábado (19), na capital paulistana. Após um início fulminante de Yuri, quando ele levou o adversário ao chão, o árbitro Dan Miragliotta interrompeu a disputa depois de vários golpes desferidos pelo paraense na parte de trás da cabeça – próximo a nunca. O mediador do duelo entendeu que os socos e cotoveladas de Marajó não foram intencionais e decretou o duelo como “No Contest” (sem resultado).
O público presidente no Ginásio do Ibirapuera não gostou da decisão, vaiou Pedro e, enquanto o atleta da BTT era atendido pelos médicos no octógono, chegou a gritar que ele era “arregão” e “frouxo”.
“Yuri veio me pedir desculpas e reforçou que jamais teve intenção de me acertar ilegalmente. Na mesma hora eu disse que ele não precisava se preocupar, porque eu sei que ele é uma pessoa íntegra como eu. Acidentes acontecem, e dessa vez a vítima fui eu”, disse Pedro. “Somos dois lutadores com características parecidas, que lutam para frente. Quero retornar logo ao octógono. Caso o UFC peça um tira-teima faríamos de tudo para compensar o show para o público”, completou Nobre, que contou não se lembrar do que aconteceu no duelo.
“O que eu me lembro é que fiquei em uma posição por baixo do Yuri. Ele me acertou diversos golpes na parte de trás da cabeça até que me deu um apagão. Não sei precisar se pegou na nuca e nem quantos golpes foram, mas se o árbitro interrompeu é porque ele viu alguma coisa errada. Hoje o MMA é considerado um esporte por ter regras, então temos que respeitar. Mas quando eu acordei achei que tivesse perdido a luta nocauteado. Só fui saber que havia sido declarado uma luta sem resultado no hospital, pelo minha equipe”, completou Pedrinho.