VÍDEO: Sincero, Rodolfo Vieira abre o jogo sobre carreira no MMA e desabafa sobre o ‘medo de lutar’

Invicto nas artes marciais mistas, a lenda do jiu-jitsu bateu um papo com o SUPER LUTAS a respeito da nova modalidade; atleta enfrenta Anthony Hernandez no UFC 258, neste sábado

Considerado uma grande promessa brasileira no peso médio (até 83,9kg.) do Ultimate, Rodolfo Vieira fala sem rodeios de sobre sua carreira no MMA. Com compromisso neste sábado (13), quando encarara Anthony Hernandez no UFC 258, o atleta abriu o jogo sobre sua trajetória no esporte e, em entrevista ao canal no YouTube do  SUPER LUTAS, desabafou sobre o medo de se apresentar. O brasileiro está invicto na modalidade em sete lutas.

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Tony Ferguson (foto) vem de derrotas consecutivas no UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Neste final de semana, Vieira fará sua terceira apresentação com as luvas do Ultimate. Em seus primeiros compromissos, o combatente fez valer a fama de ser um dos maiores nomes da história do jiu-jitsu, e finalizou seus adversários nos rounds iniciais.

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Por que o MMA?

Multicampeão mundial na ‘arte suave’ e conhecido pelos adversários como o ‘Caçador de Faixa Preta’, Rodolfo decidiu se testar nas artes marciais mistas após conquistar tudo o que desejou no jiu-jitsu. Buscando uma nova motivação, o combatente explicou o motivo de ter optado pelo MMA.

“Na verdade, era uma coisa que eu vinha trabalhando há muito tempo na minha cabeça. Eu tinha meus objetivos no jiu-jitsu, os títulos que eu queria conquistar. Então, depois disso, eu decidi ir para o MMA. Na verdade, o estalo foi depois que eu ganhei o ADCC (2015). (…) Depois pensei: ‘Preciso treinar MMA logo’. Era o que eu tinha em mente. Logo em seguida, eu recebi a proposta para lutar. (…) Foi o empurrão que eu precisava. Foi mais pelo desafio. Já estava satisfeito com o jiu-jitsu e precisava de algo maior na minha vida”, afirmou o brasileiro.

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Processo de transição

Unanimidade quando se trata da ‘arte suave’, Rodolfo precisa, a cada treino, se aprimorar e adaptar suas qualidades para uma nova modalidade. O lutador, então, falou sobre o processo de transição para as artes marciais mistas.

“É um outro esporte. A adrenalina é pior ainda. Eu tive que mudar tudo, aprender outras modalidades. Aprender boxe, wrestling, que é diferente de quando você está lutando jiu-jitsu sem quimono. O jiu-jitsu é diferente de competição para o MMA. Então, todo dia, eu trabalho para evoluir pelo menos nas bases e fundamentos em cada modalidade. Isso é bom para mim, porque está me motivando a aprender coisas novas, a votara ser um faixa branca. E, no jiu-jitsu eu não tinha mais isso”, disse Vieira.

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‘Medo de Lutar’

Acostumado a disputar competições de alto nível, Rodolfo não esconde que sente medo antes dos desafios dentro do MMA. Com sinceridade, o atleta não negou o temor em trocar golpes contra um rival sobre a área de confronto e falou com bom-humor sobre o assunto.

“Eu não encaro (quando fica frente a frente com o rival antes da luta) porque tenho medo mesmo. Eu já vou ter que lutar com o cara no dia seguinte. Encarar, ali, não dá, não. Eu lido da melhor maneira possível. (…) Não tenho medo de expor isso e você tem que ser verdadeiro e não mentir, como a maioria faz. Dizer que não tem medo, fazer cara feia, empurrar o adversário, que seja. Eu, não. Eu lido bem com isso. Eu sei que o medo não vai me parar, nunca me parou. Nunca me parou no jiu-jitsu e não vai me parar no MMA. É bom, também, para mostrar para as pessoas que qualquer um pode. Às vezes um cara tem vontade de seguir na carreira MMA, mas tem muito medo, e não vai por causa do medo. (…) É muito ruim esse esporte (risos), apesar de eu estar fazendo, não gosto muito, não. Gosto de treinar, de lutar, não. Mas é o que decidi fazer”, desabafou o carioca.

Compromisso no UFC 258

Invicto na carreira e com 100% de aproveitamento desde que integrou o grupo do Ultimate, Rodolfo está confirmado para o espetáculo deste sábado (13), que acontece em Las Vegas. No UFC 258, o brasileiro trocará forças contra Anthony Hernandez e buscará seguir com cartel perfeito. Antes do embate, então, o Vieira analisou o confronto contra o norte-americano.

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“Ele (Anthony) é um cara que, apesar de ter mais finalizações na carreira, é um cara que troca (luta em pé) também, bota para baixo. Na última luta, ele perdeu, foi nocauteado pelo Kevin Holland (maio de 2020). Uma antes, ele ganhou. (…) Foi uma luta muito dura, ele mostrou muito coração, porque estava meio que perdendo em pé e conseguiu finalizar. Mas, eu acredito que meu jiu-jitsu vai fazer a diferença. Meu jiu-jitsu e minhas quedas, que vão me dar a vitória”, finalizou.

Análise dos atletas

Caso supere Hernandez neste final de semana, Rodolfo dará mais um passo rumo à elite da divisão liderada por Israel Adesanya. Hoje, aos 31 anos, o carioca soma sete compromissos sem revés. Até o momento, nenhuma luta do brasileiro chegou à decisão dos juízes, são seis finalizações e um nocaute conquistado.

Hernandez, de 32, vive um momento delicado no Ultimate. Em três compromissos, o combatente conquistou um triunfo, perdendo sua última luta e em seu embate de estreia, contra o brasileiro recém-dispensado, Markus Maluko.

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