O Ministério Público do Estado de São Paulo publicou hoje uma nota em seu site oficial em que informa a instauração de um inquérito civil para investigar os gastos da prefeitura com o UFC São Paulo. O texto (que você pode ler AQUI) afirma que o objetivo da ação é “apurar possíveis irregularidades e prejuízo aos cofres públicos com o contrato para o patrocínio, pela Prefeitura de São Paulo, das lutas de UFC Brasil 2013”. Ao contrário do que tem sido divulgado, a redação do SUPER LUTAS apurou junto ao MP-SP, que a suspensão do evento não é uma opção. A recomendação é de que seja suspenso o contrato de patrocínio da Prefeitura de São Paulo com a organização do Ultimate. Porém, pela proximidade com o evento e o tempo demandado pelas investigações, é improvável que a sugestão seja acatada.
O Ministério Público deu prazo de 10 dias para que o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a Secretaria de Esportes enviem informações sobre a situação legal do contrato, firmado ainda na gestão de Gilberto Kassab. O ex-prefeito, bem como seu secretário de esportes e a empresa contratada, IMX Esportes e Entretenimento, também foram convocadas para prestar esclarecimentos. Segundo o inquérito, instaurado pelo Promotor de Justiça Valter Foleto Santin, os valores gastos com o contrato de patrocínio com o UFC correspondem a mais de 70% da verba anual destinada à secretaria de esportes, o equivalente à aproximadamente R$ 2,5 milhões. O promotor classificou o patrocínio como “gasto desnecessário, abusivo e excessivo de recursos públicos em atividade não olímpica”.
O UFC São Paulo acontecerá no próximo sábado, 19 de janeiro, no Ginásio do Ibirapuera. A luta principal será entre os médios Vitor Belfort e Michael Bisping. O evento será o sexto realizado pelo Ultimate no Brasil e o segundo na cidade de São Paulo, que já recebeu a edição conhecida como 17.5, em outubro de 1998. Na oportunidade, Belfort também fez parte do card do evento. Ele venceu Wanderlei Silva por nocaute técnico, em luta válida pelos meio-pesados.