“Tive um problema nos rins. O médico falou que eu passei da linha, que treinei demais e o meu corpo estava sobrecarregado. Ele falou que poderia ter acontecido antes da luta, que foi sorte ter ocorrido depois. A minha urina saiu toda preta. Ele falou que estava queimando meus músculos ali, que eu estava perdendo músculo com aquilo. Ultrapassei muito a linha, o que fez subir meu nível de creatina, o que tirou um pouco da minha atenção”, afirmou Cigano, em entrevista à revista Veja.
O brasileiro falou ainda sobre as dificuldades que encontrou no combate, que foi difícil assistir ao vídeo da luta e explicou por que ficou com a guarda baixa em toda a disputa.
“Revi a luta várias vezes. É uma coisa que… Não foi legal assistir. Não pela performance do Velasquez, acho que ele fez muito bem o trabalho, mas pela minha. Enquanto eu assistia, eu via as coisas e não entendia por que eu não respondia”, disse o ex-campeão, que falou sobre sua estrategia na luta.
“Na verdade eu esperei demais, entrei na dança do Velasquez, no jogo dele, e só me defendia e não atacava. A minha principal força são os ataques. Nessa luta, eu só andava para trás e me defendia, como se não estivesse pensando. E assim foi se repetindo por todos os rounds. Foi como se eu não tivesse entrado na luta de cabeça. Foi realmente frustrante eu ver as coisas acontecendo e não reagir a elas”, encerrou Cigano.