USADA admite não punir mais atletas do UFC que testarem positivo para maconha

Decisão, no entanto, não permite que atletas façam uso da substância em período de competição; situação também não engloba comissões atléticas

Os irmãos Nate (esq.) e Nick (dir.) Diaz são grandes entusiastas do uso medicinal e recreativo da maconha. Foto: Reprodução/Instagram

Responsável por minimizar ao máximo o uso de substâncias proibidas em atletas do UFC, a USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos) admitiu, nesta quinta-feira (14), que não punirá atletas que testarem positivo para maconha fora do período de competição. A decisão, no entanto, não isentará os indivíduos que forem flagrados com níveis altos de THC (tetrahidrocanabinol), que sejam considerados compatíveis para um possível aumento de performance.

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C. McGregor (esq.) foi derrotado por K. Nurmagomedov (dir.) no UFC 229. Foto: Reprodução/Instagram

A decisão da agência em ‘afrouxar’ as punições aos atletas são baseadas no fato de que nem sempre pode-se comprovar que a substância foi utilizada para tirar vantagem para um compromisso dentro do Ultimate. Para esclarecer a situação, o diretor de saúde e performance do UFC, Jeff Novitzky falou sobre o assunto, em entrevista ao ‘MMA Fighting’.

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“Como tudo que fazemos neste programa, é baseado na ciência. Especialmente nesta era de pandemia, tivemos todos esses problemas com lutadores aceitando lutas de última hora e terminando com resultados positivos para maconha e sempre investigamos depois. ‘Quando você usou?’ E sempre o uso tinha sido dias ou semanas antes da luta. (…) O que a ciência mostra é que há tantas variáveis nos níveis de THC no sangue e na urina que não há correlação científica entre esse número e um impedimento. E a única coisa que nos importamos na luta de uma perspectiva antidoping é se o lutador está prejudicado”, afirmou Jeff, em texto traduzido pelo ‘Combate’.

Embora no Brasil a discussão sobre o uso medicinal ou recreativo da maconha ainda seja um tabu, nos Estados Unidos, algumas regiões tratam do assunto de outra maneira. Hoje, por exemplo, dos 50 estados norte-americanos, 35 autorizam o uso medicinal e 15, além do Distrito Federal, o recreativo.

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Mesmo com a nova decisão da USADA, as comissões atléticas espalhadas pelo território norte-americano ou pelo mundo permanecem com seus padrões. A ideia da Agência Antidoping dos Estados Unidos, no entanto, é dar um pontapé inicial em uma discussão sobre o tema, que, por anos, foi evitado ou tratado de forma criminosa.

 

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