A trilogia entre Stipe Miocic e Daniel Cormier foi importante, porque encerrou a rivalidade, mas, ao mesmo tempo, impediu o desenvolvimento do peso pesado (120,2kg). Francis Ngannou é o atleta mais prejudicado por isso. O camaronês, primeiro no ranking da categoria, teve que esperar por dois anos e nocautear grandes nomes do esporte para receber uma nova chance de lutar pelo cinturão, que ainda não é certa, e reclamou.
Em entrevista ao programa Morning Kombat, Ngannou lamentou o fato da divisão estar travada e sente que está perdendo tempo, pois, em sua visão, já era para ter lutado pelo cinturão há muito tempo. ‘The Predator’ foi além e justificou sua posição, comparando o cenário dos pesados com o de outras categorias.
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“Minha posição é muito complicada e fico frustrado. Vivo o meu auge e estou perdendo tempo sem lutar, então é meio frustrante. Temos que ficar motivados, ganhar dinheiro e lutar. Às vezes, é muito difícil ir para a academia. Por que você vai treinar, se não sabe se vai lutar ou quando vai lutar? Se as coisas mudassem, seria diferente. Muitas categorias têm três ou quatro defesas de cinturão por ano, mas, nos pesados, é uma apenas. Isso dificulta os candidatos. Nós lutamos, mas ninguém se move. O UFC precisa achar uma maneira de não travar, porque a categoria precisa rodar. Se houvesse três, quatro defesas de título por ano, todo lutaria pelo cinturão”, disse Ngannou.
Vale lembrar que Francis Ngannou já lutou pelo cinturão do peso pesado em 2018. Na ocasião, o camaronês foi derrotado pelo atual campeão, Stipe Miocic, na decisão unânime dos juízes. Atualmente, o camaronês está com 34 anos venceu quatro lutas seguidas, todas por nocaute, e o tempo total que ficou no octógono é inferior a cinco minutos. ‘The Predator’ nocauteou Curtis Blaydes, em 45 segundos, Cain Velasquez, em 26 segundos, Junior Cigano, em pouco mais de um minuto, e Jairzinho Rozenstruik, em 20 segundos.
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