Vindo de grande vitória em sua apresentação, Marcos Pezão está pronto para seu próximo desafio no Ultimate. Neste sábado (5), o peso pesado (até 120,2kg.) encara Alexander Romanov no UFC Las Vegas 9 e quer confirmar a boa fase na carreira. Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o paulista analisou o confronto contra o moldavo e projeta seguir sua trajetória rumo ao topo da divisão.
ATUALIZAÇÃO: Pezão testa positivo para Covid-19 e está fora da luta
Chegando para sua segunda apresentação em 2020, Pezão vai trocar forças contra um adversário que estreia na organização e nunca perdeu na carreira. O brasileiro, no entanto, se diz pronto para aplicar o primeiro revés do moldavo no MMA.
Como todos sabem, o período da pandemia acabou influenciando não só nos eventos promovidos, como também na preparação dos lutadores para os desafios. Marcos, então, explicou como foi o processo de treinos para sua primeira apresentação sem público no UFC.
“Foi muito difícil me manter treinando, mas tenho muitos amigos e consegui me manter treinando em algumas academias. Quando estava difícil o lance de treinos em São Paulo, eu fui para o Paraná treinar com meu amigo, Delcélio Rodrigues – tetracampeão mundial de kickboxing -, então fui para lá para voltar um pouco às minhas origens e melhorar minha melhor parte, que é a trocação. Logo em seguida, consegui voltar para os Estados Unidos. Foi difícil, mas consegui superar tudo isso e treinar bem, mesmo com o número de atletas reduzidos na American Top Team (ATT)”, explicou.
Neste final de semana, Marcos foi o escolhido para dar as ‘boas-vindas’ ao invicto Alexander Romanov, que vem de 11 vitórias consecutivas na carreira. O número expressivo do moldavo não intimida o brasileiro, que garante ter estudado as características do rival.
“Ele é um cara do wrestling, um cara forte. Ele não tem um bom jiu-jitsu. Até me questionaram isso, falando que tem seis finalizações na carreira, mas as finalizações dele são porque ele cansa os adversários. Eu vejo que vou conseguir impor bem meu jogo em cima dele. Para mim, a luta é em pé, mas sou um lutador de MMA, faixa-preta de jiu-jitsu, tenho boas finalizações. Acho que é uma grande luta para mim. É aquilo: ele nunca enfrentou um cara duro como eu e eu já enfrentei mais duros do que ele”, afirmou o paulista.
Caso triunfe sobre Romanov, Pezão chegará à segunda vitória consecutiva no UFC, algo que não acontece desde 2014. Sabendo que uma ótima apresentação pode alavancá-lo para a elite da divisão, o combatente avaliou o próximo passo na organização.
“A gente sempre vê alguns atletas, com que a gente pode lutar. Depois da minha última luta (em fevereiro), na semana seguinte, o Marcin Tybura pediu para lutar comigo, eu tentei dar uma movimentada nessa luta, mas acabou não acontecendo. Ele vai lutar com o Ben Rothwell agora. Então, quem ganhar essa luta, seria um bom adversário para mim”, contou.
Protagonista de uma luta que promete emoção, Marcos foi questionado sobre como imaginaria o final dos sonhos no confronto contra Alexander. O brasileiro, então, brincou com a situação, mas não deixou de almejar um resultado histórico na sua carreira.
“Cenário perfeito é um nocaute a 4m49s do terceiro round. Perfeito (risos). Dá para brigar por dois bônus (de performance)”, finalizou o peso pesado.
Aos 35 anos, neste final de semana Pezão chegará à marca de 25 apresentações como profissional no MMA. Ao todo, o paulista soma 17 vitórias, seis derrotas e um embate.