Uma luta muito aguardada pelos fãs brasileiros está próxima de acontecer. No próximo dia 12, Glover Teixeira e Thiago Marreta trocarão forças em um combate que pode definir o próximo desafiante ao cinturão dos meio-pesados (até 93kg.). Em entrevista exclusiva ao canal no YouTube do SUPER LUTAS, o mineiro falou sobre a expectativa para o duelo e analisou o encaixe técnico para a luta contra o rival.
ATUALIZAÇÃO: Glover Teixeira testa positivo para COVID-19 e está fora da luta contra Thiago Marreta
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Aos 40 anos, Glover segue como um dos principais nomes de sua categoria. O atleta conquistou a chance de trocar forças contra Marreta após um verdadeiro show promovido na vitória sobre Anthony Smith, em maio. Agora, o veterano precisa vencer para seguir o sonho de disputar o cinturão da divisão pela segunda vez.
Estratégia contra Marreta
O confronto entre os brasileiros certamente dividirá a torcida tupiniquim. Os atletas, no entanto, sabem que, para manter o sonho de serem campeões, eventualmente deveriam se enfrentar. Teixeira, então, analisou a estratégia para superar o compatriota no duelo da próxima semana.
“O Marreta é um cara do strike (luta em pé). Vem jogando umas bombas muito fortes, pega duro. É uma luta que eu tenho que ser inteligente e pressionar o tempo todo. É o meu estilo. Se surgir a oportunidade de botar para baixo, vou botar para baixo, mas é um jogo de strike, que eu tenho que estar inteligente”, disse Glover.
Nada de decisão dos juízes
Conhecidos pelo poder de nocaute, Teixeira e Thiago, juntos, somam 33 nocautes. Analisando os números, é fácil pensar que o confronto tende a não durar cinco rounds. O mineiro também pensa dessa forma e acredita que encerrará o confronto antes da decisão dos juízes, mas sem se esquecer do jiu-jitsu.
“Essa luta, com certeza, não vai para a decisão. Vai ser um nocaute ou uma finalização. São dois pegadores fortes e os dois vão buscar isso. É nisso que eu estou confiante, na minha técnica, na minha força. Vou ganhar e tirar ele ali no terceiro ou quarto round”, cravou Glover.
Lutar contra um compatriota
Desde a vitória contra Anthony Smith, em março, Teixeira nunca escondeu que, caso fosse escalado para enfrentar Marreta, não se oporia. O mineiro, no entanto, garantiu que enfrentar Thiago não era a primeira opção.
“Talvez eu enfrentaria o Jan (Blachowicz), se eu pudesse ter esse poder (de escolher o adversário), mas o Marreta está lá em cima também. Estou feliz de lutar com ele. É um cara que eu preciso lutar para estar no topo da categoria. Talvez eu estaria mais chateado se estivéssemos lá embaixo no ranking e estivesse lutando contra outro brasileiro para tirar a oportunidade dele de subir. Nós dois estamos ali e é uma oportunidade pelo cinturão”, explicou.
Luta pelo título
Depois que Jon Jones abdicou do posto de campeão para migrar oficialmente para os pesados, a categoria até 93kg. abriu oportunidades para outros atletas sonharem com o título. Atualmente na quarta posição no grupo, Glover sabe que um triunfo sobre Thiago o coloca na linha de frente para encarar o vencedor entre Dominick Reyes e Jan Blachowicz, que se enfrentam em 26 de setembro pelo cinturão vago.
“Eu acho que o caminho é esse. O Jan vai lutar com o Reyes e eu e Marreta somos os próximos. Dali, qualquer um que sair com a vitória, vai lutar pelo cinturão”, finalizou.
Caso supere Thiago, Glover ficará próximo da sua segunda chance de atuar pelo título. O mineiro teve a primeira chance em abril de 2014, no UFC 172, quando trocou forças contra Jon Jones. Na ocasião, o brasileiro acabou superado na decisão unânime dos juízes.
Assim como Teixeira, Marreta busca uma nova oportunidade de tentar liderar a divisão. Em julho do ano passado, o atleta da Cidade de Deus (RJ) chegou perto de chocar o mundo e encerrar a hegemonia de Jones na categoria. O combatente, no entanto, acabou perdendo na decisão dividida e, até aquele momento, foi o adversário que chegou mais próximo de bater ‘Bones’.
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