De novo ele. Conhecido por suas declarações ácidas e por não ter papas na língua, Colby Covington voltou a causar. Após uma atitude histórica de atletas da equipe de basquete do Milwaukee Bucks, que se recusaram a jogar uma partida dos playoffs da NBA, como ato revolucionário contra a violência policial norte-americana com a população negra, o lutador resolveu se envolver. Em sua conta no ‘Twitter’, o falastrão usou sua popularidade para criticar o movimento ocorrido na noite da última quarta-feira (26) e acabou respondido por Kamaru Usman.
“Nossa, você adiou seus jogos? Quer provar que vocês realmente querem mudar? Abandonem seus empregos multimilionários e suas vidas privilegiadas jogando um jogo infantil, aceitem um corte de pagamento pesado e executem o trabalho mais difícil da América. Tornem-se policiais”, escreveu o atleta.
A movimentação dos jogadores do Milwaukee Bucks se deu por conta do caso envolvendo Jacob Blake, baleado com sete tiros pelas costas pela polícia de Kenosha, nos Estados Unidos. Na ocasião, a vítima tentava apaziguar uma briga entre duas mulheres. Blake não morreu, mas, segundo familiares, perdeu o movimento das pernas após o incidente.
Ao perceber a manifestação contrária de Covington a respeito dos atos a favor de igualdade e segurança para as minorias, seu antigo rival, Kamaru Usman, não perdeu a oportunidade de responder ao norte-americano.
“Simplesmente gostaria que alguém quebrasse sua mandíbula”, escreveu o campeão dos meio-médios (até 77kg.) do Ultimate.
Conhecido por sua luta em favor dos direitos da população negra, Usman fez referência ao fato de ter quebrado a mandíbula de Colby (Covington não confirma a fratura) no confronto entre eles, em dezembro do ano passado, pelo UFC 245.
Em 2020, o mundo parou para acompanhar as manifestações iniciadas nos Estados Unidos após o assassinato do segurança George Floyd, morto covardemente por Derek Chauvin, então policial de Minneapolis (EUA), no fim de maio. Depois do crime, diversas pessoas saíram às ruas para protestar contra a violência sobre a população negra. As manifestações duraram semanas e receberam apoiadores de diversos países, inclusive o Brasil.