Ex-UFC, Vitor Miranda comenta sobre luta de despedida no Taura MMA: ‘Precisava fazer uma última’

Aos 41 anos, brasileiro justifica escolha da organização para seu adeus ao esporte e garante foco para encerrar a carreira com chave de ouro

Finalista do TUF (The Ultimate Fighter) 3, Vitor Miranda está de volta às artes marciais mistas, mas para uma luta de despedida. Sem lutar desde 2018, o ex-UFC recentemente assinou contrato com o Taura MMA e, em entrevista exclusiva para o canal no YouTube do SUPER LUTAS, falou sobre a motivação de calçar as luvas pela última vez.

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Com 19 lutas em seu cartel profissional no esporte, Vitor, de 41 anos, afirma que pretende sentir a adrenalina de um confronto novamente. A estreia do lutador deve acontecer em 2021.

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Por que o Taura MMA?

Com histórico grandes nocautes calçando as luvas do UFC, o brasileiro tinha algumas propostas para voltar a competir. No entanto, o brasileiro esclareceu o motivo de optar pelo Taura na luta que pode selar sua despedida.

“Eu já estava me considerando aposentado, porém, em paralelo, estava sempre com uma conversa com o Taura. Minha última palavra tinha sido ‘não’ (sobre retornar a competir), mas a gente conseguiu chegar em uma boa negociação, que ficasse bom para eles, bom para mim e, vou voltar”, disse o combatente.

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Luta de despedida

Para todo atleta de alto nível, o espírito de competidor está sempre presente, independente dos resultados conquistados. Vitor, então, não pensa diferente. O brasileiro falou sobre o desejo de realizar um embate que selasse oficialmente sua trajetória no MMA.

“No fundo, desde que eu fiz minha última luta de kickboxing, aqui em Joinville (SP), final de 2018 (no WGP), eu falei para a minha esposa que precisava fazer uma última luta, fazer uma mídia em volta, um negócio bem pensado, programado, para fechar a carreira com chave de ouro. Demorou, mas aconteceu. Vou fazer camping longo, bem programado para chegar de uma forma impecável e vencer essa luta”, confirmou.

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Vai aposentar, mas…

Sem adversário confirmado, Miranda, até o momento, sabe apenas que deve estrear pela empresa no próximo ano. O lutador, apesar de ter em mente que o compromisso deva, de fato, garantir sua retirada do esporte, deixa o futuro em aberto, no caso de uma grande apresentação.

“É sempre assim. Se perder, aposenta. Se ganhar mais ou menos, provavelmente, também. Mas, se ganhar fulminante, nem suar, aquela vontade de se provar mais uma vez, vai acontecer. Mas, segundo a minha esposa, vai ser a última (risos)”, contou.

Briga com a balança

No Taura, Vitor garante que vai se apresentar na divisão até 93kg. No UFC, no entanto, o atleta atuava entre os médios (até 83,9kg.) e tinha que passar por um severo corte de peso. O lutador falou sobre momentos complicados vividos no Ultimate e confirmou que se arrepende de não ter mudado de divisão quando teve a chance.

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“Eu deveria ter deixado essa loucura (de lutar nos médios) na minha segunda, terceira luta no UFC. Eu entrei no UFC em uma fase que os lutadores eram grandes, porque não tinha a USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos) ainda. Todos eles faziam reposição de testosterona para se manter treinando em um ritmo forte. Então, eles conseguiam bater o peso bem, recuperar bem e aí eu ia lutar com uns caras gigantes. Só que, quando eu cheguei, a USADA tinha acabado de chegar. Então, os lutadores começaram a se adequar à categoria de peso que fazia mais sentido pela estrutura, porte físico, altura, percentual de massa e tudo mais. Os lutadores foram se adaptando e eu não. Eu fiquei naquela ideia do 84kg., e me ‘lasquei. Tanto que, na última luta, eu lutei com um adversário que subiu de 77kg. para 84kg. e eu desci de 100kg. para 84kg. Então, foi uma disparidade de energia muito grande”, explicou.

Estreia no ano que vem

Mesmo com a vontade de voltar a competir, Miranda explica que precisa de um tempo para se readaptar às rotinas de treinamento. Desta forma, o combatente explicou que este prazo foi providencial para que o acordo entre ele e o Taura fosse selado com sucesso.

“Uma das grandes negociações que fizemos foi que eu estou há muito tempo sem treinar. Não adianta pergar uma luta esse ano, me preparar muito mal, chegar lá, e perder. Então, era melhor não ter lutado. Uma das cláusulas é que é apenas uma luta e essa data vai ser definida a partir do ano que vem, quando eu tiver uma projeção correta para o meu treinamento”, finalizou.

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