Representante da elite dos meio-pesados (até 93kg.) do UFC, Corey Anderson viveu um drama pessoal nos últimos meses. O atleta revelou um episódio tenso ocorrido dias após sua dura derrota para Jan Blachowicz, em fevereiro, no qual caiu em uma pedra, ficou com o rosto esmagado (imagem forte abaixo) e correu risco de se aposentar do MMA por um erro médico. . Em sua conta oficial no ‘Instagram’, o norte-americano narrou a situação.
“Em 21 de fevereiro, depois da minha última luta, desmaiei e esmaguei meu rosto em uma estrada de pedras depois de horas caminhando e explorando o local. Fiquei cinco dias no pronto-socorro fazendo vários exames e análises de sangue para descobrir o que aconteceu. Me consultei com uma lista de médicos e todos, exceto um, me disseram que eu tinha sofrido uma concussão por falta de comida e água, depois de caminhar por horas na floresta. Um médico me disse que foi meu coração, que tinha parado de bater e que poderia acontecer de novo, mas, da próxima vez poderia ser em uma luta”, escreveu o atleta.
Ao ouvir as palavras do especialista, Anderson revelou a apreensão vivida no momento. O combatente, então, procurou mais informações e avaliações de diferentes profissionais.
“Fiz muitas viagens ao hospital de Nova York, me encontrando com vários especialistas diferentes e passando por dois procedimentos cardíacos muito dolorosos para encontrar mais provas. Um médico sugeriu que eu interrompesse minha carreira como lutador até que ficasse claro que meu coração estava seguro para competições”, contou.
No último exame, no entanto, a constatação. A tensão deu lugar à alegria quando o atleta soube que sua carreira não corria riscos e que ele poderia retornar à sua rotina como profissional no MMA.
“A partir da última segunda-feira, saí do hospital pela última vez após meu último procedimento com a nota de autorização em mãos e o médico me dizendo: ‘Parabéns, senhor Anderson, você pode voltar a bater nas pessoas”, comemorou o meio-pesado.
Corey, então, tentou justificou o que pode ter acontecido. O combatente culpou a comissão médica, que o autorizou, em fevereiro, a retomar atividades do cotidiano normalmente. “Depois da minha luta, a comissão e médicos falharam em fazer o devido controle após a luta e eu voltei a viver a vida como habitualmente. E paguei um preço muito alto. Este turbilhão de cinco meses colocou muitas das coisas em perspectiva e, como um lutador veterano, que no passado acabou de lutar e seguiu a vida de forma imprudente, sem qualquer cuidado com o descanso e saúde mental, tinha que continuar lutando”, explicou o norte-americano.
Por fim, Anderson mandou um recado para seus companheiros de profissão.
“Aconselho os outros lutadores a cuidarem da sua saúde, se levaram duros golpes na cabeça numa luta ou treino, tirem o tempo adequado para se recuperarem. Foi preciso ter o meu filho ali, sentado, olhando para mim em uma cama de hospital para perceber que há vida depois da luta e eu quero estar aqui para desfrutar dela. Lute inteligentemente, treine inteligentemente, mas recuperar e descansar é mais esperto. Use a sua cabeça enquanto ainda tem o cérebro para o fazer”, finalizou.