No dia 18 de julho, em evento realizado na ‘Ilha da Luta’, Deiveson Figueiredo terá mais uma chance de fazer história e se tornar mais um brasileiro na história do UFC a ostentar um cinturão. Com revanche marcada contra Joseph Benavidez, o paraense promete cautela, mas garante foco para se tornar o novo campeão dos moscas (até 56,7kg.). Em entrevista exclusiva ao canal do YouTube do SUPER LUTAS, Figueiredo falou sobre a expectativa e preparação para o novo desafio e planos para o futuro.
Deiveson e Benavidez se enfrenaram em fevereiro deste ano em disputa do título da divisão. Na ocasião, o brasileiro conquistou um grande nocaute, mas foi impedido de levar o cinturão por ter falhado no corte de peso no dia anterior. Quase cinco meses depois, o paraense acredita que a história se repetirá e que o número um será brasileiro.
“Eu já estou pronto para a luta e no dia 18 (de julho) eu vou bater o peso, nocautear o Benavidez e pegar meu cinturão”, afirmou o brasileiro.
Caso tivesse batido os 56,7kg. no UFC Norfolk, Deiveson, hoje, seria o novo campeão linear dos moscas e, provavelmente, teria um novo oponente no próximo dia 18. O atleta, no entanto, entende a falha em seu último compromisso e explicou à nossa equipe o que, de fato, aconteceu.
“Eu sou um cara que faz minha dieta certinho. A dieta foi feita corretamente na primeira luta. Quando chegou para bater o peso, eu cometi um erro gravíssimo, que, na quinta-feira, eu decidi cortar água pela manhã. Eu sempre cortei às 18h, 19h. Quando foi na sexta-feira, eu amanheci com muita dor no abdome, na região do rim, e isso meio que enfraqueceu a minha perna. Eu não tive forças para levantar”, explicou o paraense.
Quando estourou o limite da divisão em aproximadamente 1kg., Figueiredo chegou a ser criticado publicamente pelo presidente do UFC, Dana White, que não perdoou o brasileiro. Para não cometer o mesmo erro e cair em descrédito com a organização, Deiveson adota uma estratégia que, segundo ele, será essencial para cumprir o compromisso com a balança.
“Agora, eu estou bem focado na dieta. Eu quero ir bem leve, se possível, viajar daqui (Brasil) com 61kg., 60kg., para que eu chegue lá e não tenha que sofrer para bater o peso. Sempre que eu viajo de Belém (PA) para os eventos, eu saio daqui com 65kg.”, explicou.
Embora a estratégia de corte de peso tenha mudado, o foco de derrotar o norte-americano de forma imponente – como no primeiro encontro – segue o mesmo. Mesmo mostrando respeito ao rival, Deiveson acredita que terá o braço erguido no final da nova disputa.
“O Benavidez pode esperar um ‘Deus da Guerra’ mais agressivo e bem cauteloso. Sabemos que o Benavidez é um cara perigos, que tem um volume de golpes bons, mas eu tenho estratégias para matar esse volume de golpes dele e pode até acabar a luta com a estratégia”, contou o paraense.
Caso se confirme como campeão real dos moscas, Figueiredo já esboça o que pode acontecer em seu futuro no Ultimate. O lutador afirmou que tem o desejo de se manter como atleta de sua atual categoria para defender seu título, mas não descarta uma superluta entre os galos (até 61,2kg.).
“Eu quero defender o meu cinturão na 57kg. (moscas) e também quero fazer uma luta no 61kg. Eu vou pedir luta para o cinturão de cima. Se me deixarem subir, eu vou. (…) Mike Tyson, quando subiu de peso, saiu nocauteando geral nos pesados. Eu tenho certeza que não vai ser diferente. Sou um cara que treina muito boxe, muay thai e venho afiando muito minha defesa de queda, meu wrestling, minha luta marajoara. É difícil me colocar para baixo. Se colocar, não me segura. Eu sou um ‘black belt’ (faixa-preta) de jiu-jitsu”, finalizou o lutador.
Em 18 de julho, Deiveson chegará à marca de 20 apresentações desde que se profissionalizou no MMA. Atualmente, o paraense tem 32 anos, somando 18 triunfos e apenas um revés em seu cartel.