Sem rivais, Amanda Nunes cogita aposentadoria: ‘Já conquistei tudo que queria’

A. Nunes segue como campeã das penas e galos do UFC. Foto: Reprodução/Instagram @ufc

Invicta desde 2014, com 11 vitórias consecutivas, dois cinturões e uma coleção de recordes. Com tudo isso, o que Amanda Nunes ainda poderia almejar no MMA? Talvez nada. A baiana, de 32 anos, surpreendeu ao revelar já pensa em pendurar as luvas no ápice de sua carreira.

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A Leoa revelou, em entrevista ao site do canal Combate, que já conquistou todos os objetivos profissionais e cogita a aposentadoria como uma possibilidade real.

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“Tô ficando velha (risos). Não sei, já conquistei tudo o que eu queria. Na verdade não tem o que fazer agora na categoria. O UFC vai colocar umas lutas aí, as meninas vão ter que lutar pra chegar no topo pra poder lutar comigo. Mas eu tô realmente pensando mesmo – não quero meter os pés pelas mãos. Vou conversar, falar com o Conan ainda e com o Dan (Lambert, dono da ATT), mas eu tô bem, sabe? Tô bem pra lutar, tô bem pra me aposentar… Vamos ver…”, disse Amanda.

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A Leoa revelou que a preocupação pelo trabalho de se manter como campeã atrapalha até mesmo seus momentos de descanso. Caso venha a pendurar as luvas, no entanto, Amanda não quer ficar longe das lutas.

“Já estou chegando naquele momento em que eu quero aproveitar um pouco mais. Quando viajo pro Brasil eu tenho que viajar contando quando eu tenho que voltar. Eu quero poder ir e descansar, e não ter essa preocupação de ter que retornar. Ter que retornar pra cá eu sei que eu tenho, mas não precisa ser na pressão, né? Posso seguir minha vida. Talvez uma nova etapa, achar novos talentos, ajudar umas meninas, e talvez ser técnica também. Eu acho que posso ajudar muito as meninas e os meninos também, mas com certeza o foco vai ser mais em ajudar meninas a conseguirem chegar nos seus objetivos. Eu acredito que eu posso ajudar muito, até porque eu sei o que é que passa na cabeça do lutador, principalmente mulher”, completou.

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A carreira de Amanda Nunes

Amanda Nunes, de 32 anos, tem um histórico profissional de 20 vitórias e quatro derrotas. A baiana, de Pojuca, debutou no octógono no UFC 163, em agosto de 2013. Na ocasião, ela bateu Sheila Gaff por nocaute técnico e se tornou a primeira brasileira a vencer na maior organização de MMA do mundo.

O revés diante de Cat Zingano, em setembro de 2014, foi o único dentro do Ultimate. Depois disso, ela emendou triunfos sobre: Shayna Baszler, Sara McMann e Valentina Shevchenko.

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A série valeu a chance de desafiar a campeã Miesha Tate no histórico UFC 200, em julho de 2016. Com uma atuação quase perfeita, ela finalizou a norte-americana e conquistou o título. Logo em sua primeira defesa, o encontro com a estrela Ronda Rousey. Mas a ‘queridinha do público’ sucumbiu em apenas 48 segundos no UFC 207, em dezembro de 2016. O nocaute fulminante pôs fim a carreira de ‘Rodwy’.

Amanda ainda defendeu o cinturão peso galo contra Valentina Shevchenko, em uma apertada decisão dividida, diante de sua rival mais dura dentro da organização, e Raquel Pennington até o ápice de sua carreira.

A Leoa subiu ao peso pena para encarar a compatriota Cris Cyborg, que não encontrava rivais na divisão e tinha 20 vitórias em série. Mas em apenas 51 segundos, Amanda nocauteou a curitibana na luta co-principal do UFC 232, em dezembro de 2018. Com o resultado, Nunes se tornou a primeira mulher campeã de duas categorias no UFC.

A brasileira voltou ao peso pena, em 2019, e defendeu seu reinado contra Holly Holm e Germaine de Randamie. Já no UFC 250, realizado no último dia 6, Amanda bateu Felicia Spencer e manteve o cinturão peso pena. A nova vitória fez da baiana a primeira pessoa a ser campeã simultaneamente de duas divisões do UFC e defender seus títulos em ambas as categorias.

Publicado por
Redação SUPER LUTAS
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