Os fãs de MMA brasileiros devem ficar com os olhos bem abertos na primeira luta do UFC 250, que acontece neste sábado (6), em Las Vegas (EUA). Isso porque, Herbert Burns fará sua segunda apresentação pela empresa e buscará seguir sua trajetória rumo ao topo dos penas (até 65,7kg.). Em entrevista exclusiva ao SUPER LUTAS, o niteroiense falou sobre a expectativa de enfrentar o experiente Evan Dunham e seus planos para o futuro na organização.
“O Evan é um cara muito duro, que luta no UFC desde 2009. Já foi top 5 da categoria dos leves, é um cara que tem nome, que era muito relevante e quer voltar a ser relevante. Ele está voltando agora e nunca lutou num peso abaixo de 70kg. e contra um cara faminto igual a mim. Não fui uma boa escolha para ele”, afirmou o brasileiro.
Responsável por dificultar a vida de Hebert na primeira luta do card, Dunham não atua desde setembro de 2018, quando foi derrotado por Francisco Massaranduba. Pela inatividade, Herbert acredita que poderá tirar vantagem da condição física de seu adversário.
“Acho que a inatividade vai fazer diferença, sim. Eu já fiquei um tempo sem lutar e me senti enferrujado. Tenho certeza que ele vai sentir. Então, é botar pressão no começo, tendo um ritmo bom”, explicou o niteroiense.
Com fome de vitórias e lutas, Herbert também comentou sobre as dificuldades enfrentadas antes que conseguisse assinar seu primeiro contrato com o UFC. O atleta lembrou de quando ainda atuava pelo Titan FC e foi abordado por Dana White, achando que receberia uma chance imediata de atuar pela organização.
“Eu fiz uma boa carreira na Ásia, pelo ONE FC, fui para o Titan FC e quando teve o ‘Lookin’ for a Fight’ (reality show), que o Dana White vai ver os caras lutando. Eu tinha uma luta e pensei: ‘Eu tenho que mandar muito bem porque o Dana vai estar na plateia’. E eu consegui uma vitória excelente contra o Luiz Gomez (finalização, em 2019), que é um cara super duro, era ex-campeão (do evento). Foi uma vitória daquelas. Encostei nele, botei para baixo e finalizei. Falei: ‘Vai rolar o contrato com o UFC’. Quando o Dana me chamou depois do evento ele disse: ‘Fiquei super impressionado com a sua performance e quero te oferecer um contrato…no ‘Contender Series’ (risos)”, contou Herbert, que soube, ali que precisaria fazer mais uma luta para chegar ao Ultimate.
“Mais uma luta. Mais um leão para matar. Aí, rolou a luta no ‘Contender Series’, mais uma finalização no primeiro round. Ali, eu consegui entrar no UFC”, descreveu o brasileiro.
Quando pisou oficialmente no octógono como lutador do Ultimate, Herbert não decepcionou. No confronto contra Nate Landwehr, o niteroiense surpreendeu ao aplicar um nocaute brutal logo no primeiro round, provando que o jiu-jitsu não é seu único recurso.
“Meu adversário falou uma porção de besteira antes da luta e eu consegui um nocaute espetacular. Foi uma excelente joelhada que desligou o disjuntor dele. Foi a estreia perfeita. Cheguei metendo o pé na porta”, afirmou.
Neste final de semana, Hebert chegará à marca de 13 lutas desde que se profissionalizou no MMA. Evitando dar um passo maior do que as pernas, Herbert mostra pés no chão para tratar seu futuro dentro da organização, no entanto, deixa explícito seu desejo para a carreira.
“Eu quero ser campeão. Isso eu sempre falo. Por que eu não posso? É trabalho. Continuar mantendo o trabalho, fazer as coisas acontecerem, continuar focado, melhorando todos os dias, que é o que eu tenho feito. Vou passar pelo Evan Dunham agora, nesse sábado e, quando atingir esse objetivo, colocar outro em seguida”, finalizou.