A lutadora brasilo-americana, Mackenzie Dern, se posicionou sobre a onda de protestos que acontecem nos Estados Unidos após a morte do segurança George Floyd, morto por um policial no fim de maio. Em meio ao cenário de manifestações em diversas cidades norte-americanas, a atleta afirmou que concorda com os atos, mas pediu calma a um determinado grupo que tem atuado de forma violenta. A declaração foi feita em entrevista ao SUPER LUTAS em seu canal no YouTube.
“É muito importante essa fase que a gente está passando de juntar todo mundo, de educar as pessoas. Eu não consigo enxergar como está existindo racismo hoje, em 2020”, disse a atleta.
Mackenzie, porém, afirmou que as manifestações devem acontecer, mas discorda que o uso da violência seja necessário. Em algumas cidades, diversos estabelecimentos foram violados por membros das ações, o que resultou em uma resposta policial, ocasionando um confronto entre as partes.
“Aqui nos Estados Unidos, a galera parece que está perdendo a noção de tudo. Está sendo agressiva, invadindo empresas de pessoas que provavelmente não apoiam o racismo também. Está parecendo uma guerra. A gente fica triste de chegar nesse nível. Parece que está perdendo um pouco o foco”, explicou.
Mackenzie sentiu de perto como o racismo está presente dentro da sociedade. A lutadora é casada com o surfista Wesley Santos e, no ano passado, acabou presenciando um episódio lamentável, quando seu marido – um homem negro – foi abordado por uma mulher em uma praia da Califórnia (EUA), que ‘estranhou’ o fato de ele estar com sua filha, uma criança branca. Não bastasse, a polícia ainda foi chamada para averiguar o fato no local.
“Meu marido sofre com isso (racismo) todos os dias. Vários dias eu vejo as pessoas me tratarem de um jeito e tratarem ele completamente diferente. A situação poderia ter piorado muito se a gente não tivesse um pouco mais de controle na situação que a gente viveu na praia, que vem com polícia e tudo só porque a gente é de cor diferente”, relatou Dern.
A brasilo-americana entende que combater o racismo é um dever de todos os cidadãos e, no fim, pediu que tudo seja manifestado com paz.
“A gente está feliz de poder fazer parte disso. Eu sei que faço minha parte de tentar parar o racismo, meu marido também faz e minha família. Aqui está uma loucura. A gente só quer orar que todo mundo acalme um pouco, porque atacando os outros não está sendo nada legal. Está indo na direção contrária do que era o foco”, finalizou.