Dono do cinturão dos médios (até 83.9 kg.) do UFC, Israel Adesanya mostrou que é um campeão também fora do octógono. O lutador entrou nos protestos contra o racismo e a violência policial contra negros. Nascido na Nigéria e radicado na Nova Zelândia, Adesanya discursou para os atividades no país da Oceânia (veja o vídeo abaixo).
“Quantos de vocês entram numa loja e têm de colocar as mãos nas costas para não acharem que você está roubando? Quantos de vocês andam na rua e têm de sorrir para que a pessoa que você já vê que está com medo de você se sinta confortável? Acabei de me mudar e moro na cobertura. Por três vezes já vi pessoas brancas racistas saltarem ao me verem no elevador, e sorrio para eles e dou passagem para que não tenham medo ao me ver. Por que? Porque sou negro. Só porque sou negro. O que eu fiz? Não tive escolha. Mas se tivesse, ainda assim seria negro”, disse Adesanya.
O campeão dos médios do Ultimate não parou por ai. Ele continuou o discurso e pediu para que todos os manifestantes ‘falassem alto’ contra o racismo.
“Precisamos que falem alto. Precisam dizer alguma coisa, porque estou cansado e enjoado de ver esses rostos serem mortos, porque eu me vejo neles! O tempo todo, e é de partir o coração. Estou p*** da vida. Nós acabamos com a curva do Covid, certo? Eles querem militarizar a polícia da Nova Zelândia. Vamos acabar com isso logo”, encerrou.
A onda de protestos contra o racismo explodiram em todo o mundo depois que George Floyd, segurança negro, foi morto estrangulado por um policial branco em Minneapolis, nos EUA. Desde então, protestos explodiram em várias cidades norte-americanas, se espalhou para a Europa e chegou até o Brasil e a Oceânia.