Seja um fã jovem ou mais experiente de MMA, certamente você já ouviu falar em Vitor Belfort. Campeão do Ultimate no início dos anos 2000, o atleta traçou uma carreira de sucesso dentro da organização, no entanto, em seus últimos anos como lutador do UFC, o carioca acumulou uma série de resultados negativos até o fim do seu contrato, em 2018. Próximo a retomar sua carreira, atuando pelo ONE FC, o ‘Fenômeno’ falou sobre a má fase dentro da antiga companhia.
“Quando você perde a paixão, você tem que que se afastar do esporte. Eu vejo muita gente se machucando, muitos lutadores ficarem abalados. Não estou falando apenas da organização, mas de nós mesmos. Em alguns momentos, precisamos de um tempo. Você precisa de um tempo para se reavaliar, de novos desafios e, em algumas horas, a companhia precisa de alguém diferente de você. Eu sei que você precisa trabalhar para a empresa e eu sinto que fiz isso, mas a organização precisava de alguém em outro momento. Então, só terminei meu contrato”, explicou o ‘Fenômeno’ em entrevista ao ‘MMA Fighting’.
Em suas últimas sete lutas calçando as luvas do UFC, Belfort conseguiu apenas duas vitórias, somando quatro derrotas e uma luta sem resultados. Considerado, por muitos, um dos nomes mais importantes da história do esporte, Vitor afirmou que não sentia mais paixão por subir no octógono.
“Eu acho que violei meu comprometimento comigo mesmo. Meu fogo não estava lá. Eu estava vivendo da chama de outras pessoas, tentando dizer: ‘Eu vou recuperar o fogo se eu contratar esse treinador’, ou ‘Vou vencer esse cara se fizer aquilo’. Estava sempre fazendo algo para tentar me recuperar”, contou.
Agora, aos 43 anos, Belfort está pronto para fazer sua última apresentação como atleta de MMA. Sem atuar há mais de dois anos, o carioca tem acordo para enfrentar o gigante Alain Ngalani, pelo ONE, mas sem data definida. Esta será a 42 ª apresentação do ‘Fenômeno’ no esporte.