Conforme os dias passam e mais mortes são confirmadas, em consequência da pandemia do coronavírus (COVID-19), mais pessoas assumem um papel responsável para lidar com uma das maiores crises de saúde da história. Recém recuperado da doença, o ícone do jiu-jistu, Roger Gracie, falou sobre a situação vivida ao acometer a enfermidade e fez um alerta às pessoas.
“Eu peguei o vírus. Me recuperei há duas semanas. Fiquei bem mal, de cama. É bom falar, porque muita gente não tem noção exatamente do que é, acha que não vai ser afetado, que nunca vai chegar nele. Fiquei dez dias de cama, com 40 graus de febre e tosse. Eu senti falta de ar um dia, ainda bem que não progrediu. Acordei de madrugada com o coração acelerado, com falta de ar. Liguei para a ambulância, até entrei nela. Fizeram os testes, ligaram para o chefe da medicina e acharam melhor eu ficar em casa”, relatou Gracie em entrevista ao ‘Combate’.
Ciente do dever de informar os fãs sobre os perigos reais da doença, que já tirou milhares de vidas ao redor do mundo, Roger aproveitou a oportunidade para fazer um alerta a todos os que acompanham sua trajetória nas artes marciais.
“É bom as pessoas saberem que eu peguei. Tem muito amigo que eu conversei, que achava que eu não pegaria por ser saudável, jovem. Tem muita gente morrendo. Um amigo de um amigo, na Itália, era maratonista, tinha 35 anos e morreu. O primo da namorada do meu professor tem 30 anos e está internado. E há milhares que não conhecemos. É preciso conscientizar. A doença realmente afeta mais o frágil, o mais velho, mas também as outras pessoas. Não pode negligenciar. Não é brincadeira”, finalizou o atleta.
Multicampeão de jiu-jitsu e com apresentações no MMA – inclusive com passagem pelo UFC, em 2013 -, Roger, hoje, se dedica a administrar suas academias que ensinam sobre a ‘arte suave’. O combatente está aposentado desde 2017.