Jacaré se diz assustado por lutar em meio à pandemia, mas afirma: ‘Preciso cuidar da minha família’

Com compromisso no UFC 249, brasileiro revela tensão por atuar durante crise mundial de saúde, mas mantém foco para boa apresentação em 18 de abril

R. Jacaré faz a famosa entrada no octógono. Foto: Reprodução/Instagram @ufc_brasil

Concordem ou não, o Ultimate decidiu seguir em frente e retomar seu calendário em meio à pandemia do coronavírus (COVID-19). A empresa, que cancelou três eventos em função da doença que tem causado milhares de mortes ao redor do mundo, vai voltar às atividades em 18 de abril, quando promoverá o UFC 249, com local ainda não divulgado. Com luta marcada no card, Ronaldo Jacaré revelou que está apreensivo para o compromisso, mas afirmou que segue focado para o compromisso contra Uriah Hall.

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“Eu estou assustado. Isso é normal. Todos estão. Nós tentamos manter todos protegidos, mas eu fico pensando em uma coisa: se não puder pagar a hipoteca da minha casa, se não puder pagar as minhas contas, vou perder a minha casa. Se eu for para a rua, é aí que as coisas se complicam, é aí que elas realmente não serão protegidas. Tenho de cuidar da minha família de uma forma ou de outra, e acredito. Sei que o UFC me manterá protegido”, disse o brasileiro.

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Mesmo preocupado, o capixaba, que fará seu retorno à divisão dos médios (até 83,9kg.) no dia 18, garantiu que o Ultimate tomará todas as providências para que o espetáculo aconteça da maneira mais segura possível, para que, assim, não haja nenhuma possibilidade de contágio de atletas, equipes, membros da companhia e pessoas diretamente envolvidas no show.

“(O UFC) cuidará de todos. Posso ficar em casa, atravessar a rua a pé e o meu vizinho me infectar com o coronavírus. Este vírus é altamente contagioso. Eu posso ficar em casa e ser contaminado. Mas eu vou trabalhar. Espero que Deus abençoe Dana White e o UFC para que eles possam realmente fazer com que isso aconteça e eu possa tomar conta da minha família com segurança”, declarou o brasileiro.

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Jacaré também comentou sobre o fato de a diretoria do Ultimate não ter oficializado o local onde acontecerão as apresentações, mesmo restando pouco mais de 10 dias para o card. Segundo o lutador, essa questão não incomoda, já que todos os atletas enfrentam a mesma situação.

“Vou te dizer que, em todos os anos em que estou no UFC, eu vivi muitos momentos estressantes. Você não tem ideia. Então, isso não é nada para mim. É só mais uma luta. Acredito que vão fazer o evento acontecer. Se eles me disserem onde vai ser restando um dia para o combate, tudo bem. Vou estar lá, lutar e vencer”, afirmou Ronaldo.

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Com 40 anos completados em dezembro, o brasileiro vive uma fase complicada em sua carreira. Em seus últimos cinco compromissos, Jacaré saiu derrotado em três ocasiões, a última em novembro do ano passado, quando o atleta se arriscou entre os meio-pesados (até 93kg.) e acabou derrotado por Jan Blachowicz na decisão dividida dos juízes.

Contra Hall, Ronaldo precisará vencer para retornar à elite dos médios, posto que ocupou durante anos, mas foi retirado depois de decidir mudar de divisão. Caso derrote Uriah, o brasileiro deverá ocupar a 10ª posição no grupo, que hoje é dominado por Israel Adesanya.

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