Com eventos adiados por conta do COVID-19, lutadores relatam dificuldades financeiras e de treinamentos

M. Sassarito relata dificuldades financeiras por conta de cancelamentos de eventos. Foto: Reprodução/Instagram @michelsassarito

Nas últimas semanas, o assunto mais discutido ao redor do mundo é o terror causado pela pandemia do coronavírus (COVID-19). A doença que já causou milhares de vítimas ao redor do mundo, agora, começa a afetar o MMA, que, por ser um esporte de contato e aglomeração de pessoas, foi diretamente atingido pelas medidas preventivas adotadas para evitar um possível contágio da doença. Desta forma, alguns atletas têm sofrido com a impossibilidade de trabalhar e seguir com a rotina de treinamentos. Em nota divulgada pelo ‘Combate’, Michel Sassarito e Dileno Lopes falaram sobre a situação vivida.

Publicidade

Veja Também

“Tenho amigos que me patrocinam com pouco, mas é uma grande ajuda. Deus é bom, tem me abençoado nesse momento ruim, mas ficar sem lutar é muito ruim. É preocupante, porque moro com minha família, mas, ao mesmo tempo, não tem o que fazer. O dinheiro que ganho dos patrocinadores às vezes não são o bastante”, disse o brasileiro, que tem trabalhado como segurança para conseguir uma renda extra.

Publicidade

Atleta de Manaus (AM), Sassarito, de 30 anos, é profissional no MMA desde maio de 2009. Com 30 lutas em seu cartel, o combatente não atua desde outubro do ano passado, quando bateu Khamzat Dalgiev pelo ‘M-1 Challenge 105’.

Antigo conhecido dos brasileiros, Dileno Lopes, que já foi funcionário do UFC, vive, hoje, a incerteza de quando poderá retornar a atuar. O lutador, que participou da quarta temporada do TUF (The Ultimate Fighter) Brasil, tinha compromisso marcado para junho, no entanto, em período de resguardo e consequente cancelamentos de muitos eventos esportivos, o amazonense não sabe se poderá lutar.

Publicidade

“Está difícil com essa paralisação dos eventos de MMA por conta do vírus corona. Logo agora, que já estava em preparação para minha próxima luta, em junho. Para nós, que estávamos no ritmo de treinamento, nos deixou muito tristes. Até nos treinos da academia tivemos que respeitar as normas das autoridades. Tivemos que nos dividir nos treinos para evitar contatos com os colegas”, contou o brasileiro.

De acordo com o boletim divulgado pelas secretarias de saúde dos estados, na manhã desta segunda-feira (23), até o momento, o Brasil tem 1.620 casos confirmados da doença. Ao todo, foram 25 mortes, 22 em São Paulo e três no Rio de Janeiro. 

Publicidade

 

Publicado por
VH Gonzaga