Acabou a espera. O Ultimate está de volta após quase um mês de férias e, logo de cara, promove aos fãs um grande espetáculo que acontece neste sábado (18), com o UFC 246, em Las Vegas (EUA). Com 12 lutas, o card promete levantar o público presente na T-Mobile Arena e traz como ‘cereja do bolo’ o retorno de um dos maiores nomes do MMA atual, Conor McGregor em luta contra Donald Cerrone.
Sem lutar desde que foi derrotado por Khabib Nurmagomedov, no UFC 229, em outubro de 229, o ‘Notório’ dividirá com Cerrone o protagonismo da noite. Vindo de derrotas, os dois atletas buscam a redenção em suas carreiras vitoriosas e ainda almejam grandes feitos dentro do esporte.
Além das estrelas principais, o brasileiro terá um motivo a mais para acompanhar o espetáculo deste final de semana. Na primeira luta do card principal, Carlos Diego Ferreira trocará forças com um grande ícone do esporte, Anthony Pettis.
Para entrar no clima do evento, a equipe do SUPER LUTAS selecionou cinco motivos para assistir o UFC 246. Confira:
Desde que estreou pelo Ultimate, em abril de 2013, Conor McGregor já se mostrava diferente dos demais atletas presentes na organização. Com estilo provocativo e com qualidade técnica inquestionável, o irlandês precisou de cinco apresentações para conquistar o título interino dos penas (até 65,7kg.) e, em seguida, vencer o lendário José Aldo, se tornando o campeão linear.
Ao derrotar o brasileiro, Conor se tornou uma verdadeira estrela da organização, batendo recordes de vendagem de pay-per-views e se consolidando como um dos maiores nomes da história do MMA atual. Após se sagrar campeão dos penas, o irlandês foi além. O combatente se arriscou nos leves e voltou a levantar o cinturão da empresa na divisão de cima.
A grande fase do ‘Notório’, no entanto, viria a esmorecer depois que o atleta se afastou do esporte, em 2017. O lutador voltou a ser atração ao conseguir uma luta contra Floyd Mayweather, um dos maiores nomes da história do boxe. Conor acabou derrotado, mas conquistou cifras milionárias no confronto.
Em 2018, a surpresa. O atleta decidiu retornar ao MMA para tentar recuperar o título dos leves, retirado do lutador por inatividade dentro da companhia. Em embate contra Khabib Nurmagomedov, em outubro de 2018, McGregor acabou dominado pelo russo e não foi capaz de superar as habilidades do rival na luta agarrada.
Em 2019, o irlandês sinalizou que poderia retornar ao esporte no decorrer do ano, porém, o fato não se consolidou e veio a ser confirmado apenas para o início de 2020, após mais de um ano de afastamento.
Para o retorno, Conor deverá provar contra Donald que ainda é capaz de atuar em alto nível e performar como há alguns anos, quando encheu os olhos dos fãs das artes marciais mistas.
Neste sábado, Donald Cerrone irá completar uma marca impressionante em sua vitoriosa carreira no MMA. Além de conquistar um dos maiores pagamentos de sua carreira – se não o maior – o norte-americano chega a 51 apresentações, desde que estreou como profissional no MMA.
Ex-desafiante ao título dos leves (até 70,3kg.), Donald é um dos atletas mais carismáticos da empresa. Conhecido por sempre estar disposto a se apresentar no octógono, o ‘Cowboy’ não atravessa a melhor fase de sua carreira. O combatente vem de duas derrotas consecutivas na divisão reinada atualmente por Kamaru Usman, mas, para encarar McGregor, o norte-americano aceitou retornar aos meio-médios (até 77kg.) e tentará retomar o caminho das vitórias.
Próximo de completar 37 anos, Donald busca, neste final de semana, chegar à sua 37ª vitória em sua carreira. O atleta tem 13 derrotas e um empate no seu cartel oficial.
Vindos de derrota, a disputa entre McGregor e Donald vai além de um embate com cifras milionárias. Embora os dois lutadores não escondam que atuam pensando em grandes cheques, quando sobem no octógono, tanto o irlandês quanto o norte-americano são capazes de realizar espetáculos de levantar o público.
Ao que tudo indica, neste sábado não será diferente. Embora os combatentes tenham adotado uma postura respeitosa, isenta de provocações, nada impedirá que, quando o árbitro autorizar o início da disputa, os atletas se doem ao máximo para sair com a vitória.
Em 2019, Cerrone esteve na linha de frente para uma futura disputa de cinturão, no entanto, o norte-americano esbarrou em duas lutas cruciais para que o fato se concretizasse. Em junho, o ‘Cowboy’ aceitou trocar forças contra Tony Ferguson, mas acabou batido pelo compatriota. Três meses depois, Donald já era visto em duelo contra Justin Gaethje e, novamente, saiu derrotado, ocupando a quinta posição no ranking e distante de encarar o atual campeão, Khabib Nurmagomedov.
Mesmo sem lutar há mais de um ano, Conor continuou figurando na elite da categoria dos leves. Derrotado por Khabib em sua última apresentação, o irlandês atualmente ocupa a quarta colocação no grupo e, mesmo com confronto disputado entre os meio-médios, uma vitória pode recolocar o irlandês em condições de desafiar o vencedor entre o russo e Ferguson, que se enfrentam em 18 de abril, pelo UFC 249.
A norte-americana, Holly Holm já esteve no topo do mundo do MMA uma vez. Conhecida por ser a atleta a ter destronado a lendária Ronda Rousey, em 2015, a lutadora ganhou fama por ostentar o cinturão que pertencia àquela que já foi considerada a melhor atleta da história das artes marciais mistas entre as mulheres.
No entanto, na mesma velocidade em que a fama abraçou a ‘Filha do Pastor’, a estrela viu seu ‘império’ desabar e acabou caindo logo em sua primeira defesa de cinturão, quando foi finalizada por Miesha Tate, em 2016.
Após o duro revés, Holm atuou em mais seis oportunidades, mas acabou sendo derrotada por quatro vezes; a última, em duelo contra Amanda Nunes, novamente pelo cinturão das galos (até 61,2kg.).
Aos 38 anos, há que diga que Holly deva se aposentar do esporte, porém, neste sábado, contra Raquel Pennington, a norte-americana tentará mostrar que ainda pode render frutos ao MMA e ser competitiva dentro do Ultimate.
Rival da ex-campeã, Pennington busca emplacar seu segundo triunfo consecutivo. A atleta vem de um resultado positivo contra Irene Aldana e deixou dois reveses em sequência para trás.
Primeiro brasileiro a atuar pelo Ultimate no ano, Carlos Diego Ferreira está prestes a realizar um sonho. No UFC 246, o amazonense terá pela frente o desafio de derrotar o ex-campeão dos leves, Anthony Pettis.
Contra um ícone do esporte, Diego quer vencer para chegar de vez aos holofotes da organização. Vindo de cinco vitórias, o retrospecto recente do tupiniquim pode ajudar e fazer com que a crise na carreira de Pettis aumente.
Dono da cinta entre os anos de 2013 e 2015, Anthony é mundialmente conhecido no MMA pelos golpes de efeito que desfere em seus confrontos. Com três derrotas em suas últimas cinco apresentações, o norte-americano de 32 anos, no entanto, ainda é capaz de promover grandes espetáculos e surpreender seus rivais, como aconteceu em seu último triunfo, quando derrotou o promissor Stephen Thompson com um soco voador, em março do ano passado.
DIA: 18 de fevereiro de 2019
HORA: A partir das 20h15 (horário de Brasília)
LOCAL: T-Mobile Arena, Las Vegas, Nevada, EUA
COMO ASSISTIR: SUPER LUTAS (as duas primeiras lutas AO VIVO) e canal Combate (todo o card)
CARD PRINCIPAL (0h, horário de Brasília):
Peso meio-médio (até 77.1 kg.): Conor McGregor x Donald Cerrone
Peso galo (até 61.2 kg.): Holly Holm x Raquel Pennington
Peso pesado (até 120.2 kg.): Alexey Oleinik x Maurice Greene
Peso leve (até 70.3 kg.) : Anthony Pettis x Carlos Diego Ferreira
Peso mosca (até 56.7 kg.): Tim Elliott x Askar Askarov
CARD PRELIMINAR (20h15, horário de Brasília):
Peso mosca (até 56.7 kg.): Roxanne Modafferi x Maycee Barber
Peso pena (até 65.7 kg.): Andre Fili x Sodiq Yusuff
Peso leve (até 70.3 kg.): Drew Dober x Nasrat Haqparast
Peso meio-pesado (até 93.1 kg.): Aleksa Camur x Justin Ledet
Peso galo (até 61.2 kg.): Brian Kelleher x Ode Osbourne
Peso mosca (até 56.7 kg.): Sabina Mazo x JJ Aldrich