Desde que realizou sua última luta, quando foi derrotado por Tim Means, em dezembro, Thiago Pitbull não faz mais parte do grupo de atletas do UFC. Com o fim do contrato, o atleta está livre no mercado, mas não descarta dar sua carreira por encerrada. Em entrevista ao ‘MMA Junkie’, o cearense admitiu conversar com outras empresas, mas afirma que só permanecerá no esporte caso as cifras sejam atraentes.
“O dinheiro tem que ser certo. Estava ganhando um dinheiro bom no UFC, recebendo seis dígitos desde 2008. Então, financeiramente, não preciso mais lutar. Quero continuar porque amo o que faço. Fui finalizado na minha última luta, mas sinto que ainda tenho muita luta dentro de mim”, disse Thiago.
Mesmo confirmando o desejo de continuar no MMA, Pitbull não nega que pode, de fato, deixar o esporte aos 36 anos, caso não tenha uma proposta que o motive a continuar lutando. Thiago, no entanto, afirmou que, caso seu ciclo como profissional nas artes marciais mistas tenha chegado ao fim, ele enxerga o saldo da carreira como positivo.
“Se o dinheiro não fizer sentido, fico feliz em me afastar. Já tenho muita coisa planejada. Sou um dos treinadores na American Top Team, estou abrindo minha própria academia da ATT. Também estou no processo para ser contratado pela polícia, que foi minha primeira paixão antes do MMA. Estou em negociações com o PFL, com o Bellator, e apenas esperando para ver os números finais. Se fizerem sentido, então vou competir esse ano. Se não, vou seguir para o próximo capítulo”, declarou.
Por fim, Pitbull fez o balanço de suas performances como lutador. Segundo o combatente de Fortaleza, sua trajetória no esporte acabou superando suas expectativas. O atleta, inclusive, chegou a disputar um título do Ultimate, quando encarou o lendário Georges St. Pierre, em 2009.
“Deixei o Brasil aos 19 anos para começar uma carreira nas lutas e conquistei muito mais do que eu sonhei. Nunca imaginei estar falando em inglês, viver em uma bonita casa na América, estar casado, isso e aquilo. Então, tenho vivido meu sonho desde que eu tinha 19 anos. A única coisa que eu não fui capaz de conquistar foi me tornar um campeão. Só que, quando eu estava lutando, competia contra o melhor de todos os tempos: Georges St-Pierre. Era difícil vencer aquele cara. Mas foi divertido. Então, se esse é o fim, estou feliz com isso. Tem muito mais vida fora do MMA, estou animado por ter sido capaz de fazer o que fiz e vivido a vida que vivi até então”, finalizou.
Aos 36 anos, Thiago estreou no MMA em 2001. Em 38 apresentações como profissional, o cearense conquistou 23 vitórias e saiu derrotado em 15 combates.