RETROSPECTIVA 2019 parte 2 – Campeã brasileira no Rio, Cejudo ‘Triplo C’, Marreta herói e o troco de Miocic

De maio a agosto, o Brasil ganhou uma nova campeã, Cejudo entrou para a lista de campeões em duas divisões, Thiago Marreta chocou o mundo ao pressionar Jones e Miocic bateu Cormier em revanche aguardada

Relembre o que aconteceu no UFC entre maio e agosto de 2019. Foto: Montagem / SL MMA Press

No segundo quadrimestre de 2019, o Ultimate promoveu grandes surpresas para os fãs de MMA. A divisão das palhas conheceu uma nova campeã, a empresa ganhou mais um atleta detentor de dois títulos, quase houve uma zebra histórica e um antigo número um recuperou seu reinado.

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Na segunda parte da ‘Retrospectiva 2019’, o SUPER LUTAS selecionou fatos que marcaram o mundo do Ultimate entre os meses de maio e agosto.

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Entre as quatro cenas escolhidas, três movimentações de título aconteceram e uma surpresa preocupou uma lenda do esporte.

Maio: Espetáculo no Rio de Janeiro

No dia 11 de maio, a ‘Cidade Maravilhosa’ recebeu uma verdadeira constelação de atletas que se apresentaram no card do UFC 237. Com presenças ilustres como as de Anderson Silva e José Aldo, quem brilhou mesmo foi Jéssica Bate-Estaca, que surpreendeu a campeã Rose Namajunas e conquistou o título das palhas (até 52,7kg.) diante de seu público.

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‘Bate-Estaca’ subiu ao octógono como grande ‘zebra’ para enfrentar a carismática Rose Namajunas, que se tornou campeã da divisão após bater Joanna Jędrzejczyk, em 2017. Sem provocações de ambos os lados e muito respeito, Jéssica encarou o desafio com seriedade e levantou o público ao aplicar um nocaute brutal na rival com o golpe que carrega como apelido.

Jéssica crava Namajunas no chão e vence por nocaute. Foto: instagram @ufc

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A festa só não foi completa pois o público presenciou a derrota dos ídolos Anderson Silva e José Aldo.

O ex-campeão dos médios (até 83,9kg.), não suportou à força de Jared Cannonier e acabou sucumbindo a um potente chute nas pernas, que levou a lenda a nocaute logo no primeiro round.

Aldo, por sua vez, fez um combate morno contra o australiano Alexander Volkanovski. Longe de se apresentar como o ‘Campeão do Povo’ que o público se acostumou a ver, o manauara foi derrotado ao fim de três rounds na decisão unânime dos juízes e se afastou de uma nova chance de tentar recuperar seu antigo cinturão.

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Junho: Cejudo, o ‘Triplo C’

Cejudo (esq.) vence Marlon (dir.). Foto: Reprodução / Facebook @ufc

Com banca de campeão e ‘marra’ de lenda, Henry Cejudo usou o ano de 2019 para se promover dentro do Ultimate. Desafiando ícones do esporte e com apresentações incontestáveis, Henry teve a chance de lutar pelo título dos galos (até 61,2kg.), ‘abandonado’ por TJ Dillashaw após o escândalo de doping, e poder se confirmar como um dos grandes atletas da atualidade para a companhia.

O duelo aconteceu contra o brasileiro Marlon Moraes e representou a luta principal do UFC 238, em Chicago (EUA). No combate, o friburguense chegou a assustar o norte-americano com boas investidas, atirando boas sequências de socos e chutes. Cejudo, no entanto, conseguiu compreender a estratégia do brasileiro a tempo e reverteu o resultado, conquistando um nocaute no fim do terceiro round.

Com o resultado, Henry se dominou como ‘Triplo C’, em referência aos três títulos importantes de sua carreira. Além dos cinturões peso mosca e peso galo do UFC, o norte-americano também  foi campeão olímpico Pequim, no ano de 2008.

Julho: O susto de Jon Jones

T. Marreta (esq.) golpeia J. Jones (dir.) no UFC 239. Foto: Reprodução/Facebook @UFC

Invicto há mais de 10 anos e considerado uma lenda do esporte, Jon Jones retornava ao octógono para defender seu cinturão aproximadamente cinco meses após bater Anthony Smith. Na luta principal do UFC 239, ‘Bones’ teve pela frente um adversário que havia subido recentemente de divisão.

Thiago Marreta subiu no octógono como uma grande zebra, mas quase surpreendeu. Com a sina de considerar o campeão invencível, o brasileiro precisava encontrar uma forma de decifrar o segredo de como derrotar Jones. Ele quase conseguiu.

Com muita garra e agressividade, o lutador da ‘Cidade de Deus’ (RJ) apresentou o combate mais difícil da carreira do norte-americano até o momento. Foram cinco rounds de uma verdadeira batalha com chance de vitórias para os dois lados. Após zerar o cronômetro do último assalto, havia a incerteza do vencedor, até que Bruce Buffer anunciou Jon como campeão em decisão dividida dos juízes.

Agosto: A redenção de Miocic e Valentina incontestável e a queda de ‘Bate Estaca’

S. Miocic (foto) com o cinturão do UFC. Foto: Reprodução/Twitter @ufc_brasil

No mês de agosto, o Ultimate promoveu três disputas de cinturão em seus quatro cards. No dia 17, em Anaheim (EUA), os fãs de MMA puderam acompanhar uma revanche aguardada em uma das categorias mais disputadas da empresa. Na ocasião, Stipe Miocic subia ao octógono para tentar recuperar seu cinturão contra Daniel Cormier, que havia batido o rival há pouco mais de um ano.

No confronto, Cormier provava por que é considerado um dos melhores atletas da história do esporte. Com performance dominante, o combatente parecia levar com facilidade o duelo até que, no terceiro round, após alterar a estratégia, Miocic começou a crescer na luta abusando de golpes no corpo que magoavam o adversário.

Visivelmente abalado, Cormier começou a demonstrar sua fraqueza e acabou caindo após uma sequência de Stipe no quarto round. Era o fim de um breve reinado.

Uma semana antes da desforra entre Stipe e DC, Valentina Shevchenko foi até o Uruguai e protagonizou o primeiro evento da companhia no país.

A veterana Liz Carmouche foi a lutadora responsável por tentar encerrar o reinado da quirguiztanesa em sua segunda disputa de cinturão. Contra a norte-americana, no entanto, Valentina provou que pode se tornar uma lutadora com um extenso currículo de defesas de título.

Com apresentação dominante, Shevchenko desbancou Liz e bateu a rival na decisão unânime dos juízes.

No último dia do mês, Jéssica Andrade quis repetir a gentileza de Namajunas, que aceitou o desafio de colocar seu título em disputa no país da rival e foi até à China para enfrentar uma combatente, até então, pouco conhecida por muitos fãs de MMA. Com confiança e coragem, a paranaense aceitou protagonizar, junto com Weili Zhang, a luta principal do UFC Shenzhen.

Certa que voltaria a realizar uma boa performance, a brasileira acabou surpreendida pela força da adversária, que não tomou conhecimento da então campeã e promoveu um nocaute brutal logo no início do primeiro round. Com o triunfo sobre ‘Bate-Estaca’, Zhang se tornou a primeira atleta da China a ostentar um título do UFC.

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