RETROSPECTIVA 2019 Parte 1 – Campeão destronado por doping, Jones no topo e disputa entre aluno e professor

No ano que se encerra, o UFC finaliza seus trabalhos com polêmicas, manutenção de campeões e surpresas no primeiro quadrimestre

Relembre o que aconteceu na retrospectiva de 2019. Foto: Montagem SUPER LUTAS / MMA Press

O ano de 2019 certamente foi um período movimentado para os entusiastas de MMA. Com diversas disputas de cinturão, criação de títulos simbólicos, casos de doping, polêmicas, provocações, surpresas e decepções, a companhia encerra a temporada com saldo positivo e se prepara para 2020.

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Na primeira parte da retrospectiva, que será dividida em três notas, a equipe do SUPER LUTAS selecionou fatos marcantes de janeiro até abril.

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Nos quatro primeiros meses, surgiu um novo personagem do Ultimate, um campeão caiu por doping, uma lenda permaneceu no topo e houve um aguardado confronto entre atletas que representam o passado e futuro na modalidade.

Janeiro: Cejudo x Dillashaw – Divisor de águas

H. Cejudo (esq.) e T. Dillashaw (dir.). Foto: Reprodução/Instagram @ufc

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Logo no primeiro evento do ano, representado pelo UFC Brooklyn, o Ultimate promoveu uma disputa de cinturão dos moscas (até 56,7kg.). Na ocasião, TJ Dillashaw, até então incontestável campeão dos galos (até 61,2kg.), decidiu se arriscar na divisão de baixo e desafiar Henry Cejudo na luta principal da noite.

O sonho de Dilashaw em ostentar dois títulos pela organização acabou se tornando uma tragédia na carreira de TJ. Após ser surpreendido pelo rival e ser nocauteado logo no primeiro round, o atleta acabou chocando o mundo dois meses depois após ser flagrado em um exame antidoping. Na ocasião, o atleta assumiu a ingestão de uma substância proibida e acabou suspenso por dois anos de disputas profissionais.

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Além da decepção aos fãs, o atleta acabou abrindo mão de seu título e se retirou dos holofotes até que que o gancho chegue ao fim.

Fevereiro: Adesanya x Silva – ‘Professor e aluno’

A. Silva (esq.) e I. Adesanya (dir.). Foto: Reprodução/Facebook ufcbrasil

Um dos duelos mais marcantes do ano foi protagonizado pela, até então, promessa, Israel Adesanya e a lenda Anderson Silva, no embate principal do UFC 234, na Austrália. Sob a promessa de que receberia uma chance de disputar o título dos médios em caso de vitória sobre o nigeriano, ‘Spider’ voltou a calçar as luvas e encarou o desafio de enfrentar um rival mais de 10 anos mais jovem e próximo do auge de sua carreira.

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Com estilos semelhantes, os dois promoveram um verdadeiro espetáculo aos fãs. Com golpes plásticos, as ações se assemelhavam a filmes de ação em que professor e aluno duelavam em busca de uma conquista. Fã confesso de Anderson, Israel acabou saindo vitorioso na decisão unânime dos juízes, mas prestou a justa homenagem ao ídolo ao final.

Março: Jon Jones, absoluto

Jones vence Smith no UFC 235. Foto: Reprodução / Twitter @ufc

Em março, Jon Jones deu mais um passo importante na carreira e voltou a mostrar o porquê de ser considerado, por muitos, o melhor atleta de MMA de todos os tempos. Após ter reconquistado seu título dos meio-pesados (até 93kg.) contra Alexander Gustafson, em dezembro, depois de cumprir suspensão por doping e ter seu título retirado, ‘Bones’ realizou sua primeira defesa de título em sua nova fase.

O atleta derrotou sem dificuldades Anthony Smith na luta principal do UFC 235 e ampliou a sua invencibilidade no esporte.

Abril: Cinturão interino e a caça a Khabib

Poirier (esq.) vence Holloway. Foto: Reprodução / Facebook @ufc

Com Khabib suspenso por nove meses após a confusão provocada no UFC 229, o Ultimate precisava movimentar a categoria dos leves (até 70,3kg.). A ideia, então, foi criar um título interino para a divisão e escolher dois atletas capazes de promover um espetáculo digno aos fãs.

Os escolhidos foram Dustin Poirier e o campeão dos penas (até 65,7kg.), Max Holloway. Com dois lutadores de elite, o espetáculo aconteceu em Atlanta (EUA) e marcou a luta principal do UFC 236. Com a responsabilidade de travarem um duelo que agitasse o público, os atletas não decepcionaram.

Em cinco rounds de disputa, Holloway e Poirier levantaram o público com uma luta movimentada e chances de nocaute para os dois lados. Ao fim da peleja, Poirier foi declarado vencedor na decisão unânime dos juízes e se credenciou para enfrentar Nurmagomedov no combate pela unificação do título.

 

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