Próximo de realizar sua estreia na divisão dos galos (até 61,2kg.), José Aldo ainda mantém viva sua última atuação, quando foi derrotado por Alexander Volkanovski em uma das lutas do UFC 237, ocorrido em agosto, no Rio de Janeiro. Assistido por milhares de fãs, o público presenciou a queda de um ídolo, que acabou derrotado na decisão unânime dos juízes após uma atuação abaixo do esperado. Em entrevista ao ‘MMA Fighting’, o manauara fez duras críticas à sua performance e afirmou que se sentiu pior no último revés do que quando perdeu o cinturão para Conor McGregor, em 2015.
“Doeu muito mais, com certeza. Na minha luta contra Conor, nós nos enfrentamos e ele conectou um bom soco. No rio, foi sobre a performance. Isso que me incomoda. Eu não consegui fazer nada. Eu não tentei nada. Se você perde tentando algo, tudo bem. Você fica triste pela derrota, mas, pelo menos, você tentou. Você lutou. Mas, naquela eu fico envergonhado. Não consigo assistir àquela luta”, disse o ex-campeão.
Além de desapontado com a atuação frente a Alexander, Aldo viu seu último rival se credenciar à luta pelo seu antigo cinturão depois da vitória no UFC 237. Volkanovski irá tentar tomar o título de Max Holloway em confronto válido pelo UFC 245, em 14 de dezembro.
José, no entanto, afirmou que soube tirar proveito do revés para o australiano. Segundo o manauara, ele não teria tomado a decisão de topar um novo desafio na categoria de baixo, caso tivesse saído vitorioso em sua última apresentação.
“Com certeza, não (estaria descendo). Eu digo que aquela derrota veio em um bom momento. Algumas horas é melhor dar três passos atrás para se mover dois para frente. Eu aprendi com aquilo. Dedé (Pederneiras) veio para mim com a ideia de lutar entre os galos, um compromisso que acenderia o fogo da competição em mim”, disse Aldo.
Com luta no mesmo card de seu último algoz, José irá debutar entre os galos em combate contra o compatriota Marlon Moraes. No card principal, o ‘Campeão do Povo’ precisará vencer para retomar a boa fase na carreira e conquistar o direito de desafiar o atual campeão, Henry Cejudo para um confronto pelo cinturão no futuro.