Dois dos principais atletas da história do MMA brasileiro podem estar próximos de reeditar um confronto histórico ocorrido há mais de 20 anos. Após ser desafiado por Wanderlei Silva para um combate no Bare Knuckle FC, Vitor Belfort aceitou, mas excluiu a possibilidade de atuar sem luvas. Em entrevista ao ‘Ag.Fight’, o carioca falou sobre suas ideias para o confronto e condições para a realização.
“Tudo é possível naquele que crer, principalmente aqueles que querem. Tenho interesse, sim, e já aviso logo que gostaria de realizar isso no ONE (FC), mas com luvas, porque a gente tem que evoluir e nunca retroceder”, disse o ‘Fenômeno’.
A rejeição de Belfort pela modalidade sugerida por Wanderlei se dá pelo fato de entender que as condições impostas pela organização já não cabem nos dias de hoje. O estilo faz lembrar os primórdios do esporte, quando atleta trocavam forças sem padrões de segurança e preocupação com a integridade física.
“Os tempos são outros, os donos da organizações são outros e acho que o promotor visa o que é bom para os donos dos eventos e não para a evolução do esporte. Com isso, a maneira que o atleta visa o crescimento na empresa é promovendo lutas com a boca e escolhendo aquelas que irão colocá-lo em um cartel sem derrotas diferente da geração que fundou o esporte, que visava o desafio de lutar com os melhores mesmo não recebendo aquilo de deveriam”, finalizou o brasileiro.
A sugestão de Belfort é que os dois se encontrem em atuação promovida pelo ONE FC, atual chefe de Vitor, que, no início do ano, anunciou seu retorno ao MMA, além de trabalhar na função de embaixador da empresa em outros países, como o Brasil.
Vitor e o ‘Cachorro Louco’ são duas das estrelas que ajudaram a difundir o MMA no mundo. Com passagens pelo extinto PRIDE e UFC, os atletas fizeram história e se encontraram no octógono em 1998. Na ocasião, o ‘Fenômeno’ saiu vencedor sobre Wanderlei com um nocaute brutal em apenas 44 segundos, o que nunca foi bem digerido pelo curitibano.
Silva não realiza um combate profissional desde sua derrota para seu maior rival, Quinton Jackson pelo Bellator, ocorrido em setembro do ano passado.
Também vindo de revés, Vitor amargou, em sua última apresentação, um nocaute brutal para o compatriota Lyoto Machida. O evento aconteceu em maio do ano passado, pelo UFC 224.
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