Já se passaram cinco anos desde que Glover Teixeira teve sua chance de conquistar o título dos meio-pesados (até 93kg.) do UFC. Com revés na primeira tentativa, o brasileiro, que oscilou na organização, encontrou a boa fase e mira uma nova disputa pelo cinturão em breve. O atleta já traçou o caminho para poder desafiar o campeão e, em entrevista ao ‘Combate’ falou sobre o futuro no esporte.
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“Este ano foi um ano top demais para mim no MMA. Lutei três vezes, foram três vitórias. Mudei algumas coisas no meu treinamento, estou treinando mais inteligente agora, com um acompanhamento do PI (Instituto de Performance do UFC)”, disse o mineiro.
Desde que estreou no Ultimate, em 2012, Teixeira chegou com status de promessa para assombrar a categoria que, na época, já era dominada por Jon Jones. Com um boxe e jiu-jitsu afiados, o atleta colecionava vítimas até que, após cinco triunfos em sequência, teve a chance de encarar ‘Bones’.
Contra o norte-americano, o atleta teve a prova de que Jon era diferenciado. O mineiro de Sobrália acabou dominado pelo campeão e saiu derrotado na decisão unânime dos juízes no combate que representou a atração principal do UFC 172.
Depois do revés, o atleta amargou quatro derrotas pela empresa; a última, em julho do ano passado, quando foi batido por Corey Anderson. Após o resultado negativo, Teixeira conseguiu se reerguer e, em 2019, se apresentou em três ocasiões, saindo vencedor em todas. Agora, o atleta só pensa em retornar à elite da categoria para voltar, aos 40 anos, a tentar conquistar o cinturão do Ultimate.
“Tem uma galera nova mesmo chegando no cinturão, mas estou super motivado. Gostaria de uma revanche com o Corey Anderson ou lutar com o Jan Blachowicz. Seria uma boa luta para mim. Quem sabe no início do ano que vem não estou enfrentando esses caras?”, disse Glover.
O brasileiro afirma que o objetivo, no momento, é trocar forças contra oponentes que possam colocá-lo de volta no radar da diretoria, resultando, em caso de vitórias, na possibilidade de voltar a tuar pelo título.
“Eu quero lutar com esses caras que estão na reta do cinturão também. Sou um cara que sempre lutei contra os tops. Os caras que perdi sempre lutaram pelo cinturão, porque era tipo uma disputa pela chance de lutar pelo cinturão. Eu perdi para o (Alexander) Gusafsson e para o Anthony Johnson e eles lutaram pelo cinturão. Depois, ganhei três lutas contra caras duríssimos e, agora, tenho que pegar um cara de nome como o Corey Anderson ou o Blachowciz pra chegar na cara do gol de novo”, declarou o meio-pesado.
Curiosamente, tanto Corey quanto Jan vêm de vitórias sobre adversários brasileiros. Anderson recentemente bateu uma das mais novas promessas brasileiras para a categoria, Johnny Walker, em combate válido pelo UFC 244, que aconteceu no início de novembro, em Nova York.
Blachowicz, por sua vez, atuou no último sábado (16), pelo UFC São Paulo, quando derrotou Ronaldo Jacaré no debute do capixaba na divisão.
Profissional no MMA há 17 anos, Teixeira, hoje, possui um cartel de 37 lutas, com 30 vitórias e sete derrotas. Sua última apresentação aconteceu em setembro, quando derrotou Nikita Krylov na decisão dividida dos juízes.
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