O peso pesado (até 120,2kg,), Fabrício Werdum, não vê a hora de voltar a calçar as luvas do Ultimate. Suspenso desde 2018 por ter sido flagrado em um exame antidoping, o lutador, que só será liberado para voltar ao octógono em 2020, afirmou em entrevista ocorrida no ‘Dominance MMA media day’ que está ansioso para voltar a lutar.
“Quero voltar o mais cedo possível, porque estou com 42 anos e eu ainda estou jovem. Minha mente é muito jovem. Essa é a questão. Isso é um segredo. Eu vou voltar e surpreender de novo. Vou chocar o mundo de novo, com certeza. Eu só quero voltar, talvez por quatro ou cinco lutas, não sei”, declarou o brasileiro.
Fabrício, de fato, já foi responsável por surpreender os entusiastas do MMA em três situações em específico. Em 2010, atuando pelo extinto Strikeforce, o lutador calou os críticos ao derrotar o lendário Fedor Emelianenko, considerado um dos melhores lutadores da história, no primeiro round com uma finalização perfeita.
O feito mais importante do porto-alegrense aconteceu, no entanto, quatro anos depois. Em 2014, o pesado se credenciou a disputar o título interino da divisão ao bater Travis Browne. Pelo cinturão, Werdum encarou e venceu o veterano Mark Hunt e garantiu o posto de número um da categoria.
Um ano depois, a última surpresa. O brasileiro foi escalado para enfrentar um dos pesos pesados mais importantes da história do Ultimate, Cain Velasquez. O combate aconteceu no México, e, diante da torcida rival, Fabrício conseguiu o que parecia impossível: bateu Cain de forma brilhante e defendeu pela primeira e única vez seu título, que viria a ser tomado em seu próximo combate, quando enfrentou Stipe Miocic, em 2016, no Brasil.
Ao todo, o brasileiro já soma 17 anos de carreira. No entanto, após tanto tempo contribuindo para o esporte, Fabrício parece não querer ouvir que tem de abandonar as artes marciais mistas. Para o lutador, a aposentadoria virá quando seu corpo pedir.
“Quero parar quando eu quiser, não quando alguém me falar para me aposentar. Quero pendurar as luvas quando eu perceber que não estou mais bem. Eu fiz tudo. Sou campeão de jiu-jitsu, e também de luta agarrada. Também sou um ‘Triplo C’”, brincou Werdum olhando para Henry Cejudo, que estava sentado ao seu lado e se chama de ‘Triplo C’.