O brasileiro Edson Barboza foi protagonista de um dos combates mais equilibrados do UFC 242, realizado no último sábado (7), em Abu Dhabi. Após três rounds bem disputados, o friburguense acabou derrotado por Paul Felder na decisão dividida dos juízes. Indignados, a equipe do peso leve (até 70,3kg.) decidiu entrar com recurso para alterar o resultado do combate, que foi vaiado pelo público depois do anúncio oficial. O ‘Combate’ publicou a fala recente do empresário do atleta sobre o ocorrido.
“A nossa reação foi de espanto. Até o Felder teve a mesma reação. Já sentamos e revimos o combate e não tem como ele ter perdido essa luta”, declarou Alex Davis.
Mesmo reconhecendo a paridade do confronto, para o ‘manager’, seu cliente venceu os dois primeiros assaltos e o resultado controverso foi suficiente para impressionar até seu adversário, que teve uma expressão de surpresa quando Bruce Buffer anunciou o norte-americano como vencedor.
“O Edson venceu o primeiro e o segundo round. Foram todos muitos disputados, mas nítidos. Ele está perplexo e incomodado. Já falamos com Marc Ratner (vice-presidente de assuntos regulatórios da organização) e pedimos a anulação do combate”, disse Davis.
Após a divulgação da folha contendo as marcações dos juízes, pode-se notar que Howie Booth, um dos avaliadores, direcionou a vitória de Barboza por 30-27, ou seja, para ele, o friburguense venceu todos os assaltos do combate.
No entanto, para David Lethaby e Maria Makhmutova conferiram o resultado para Felder. A soma dos dois últimos foi de 29-28 e 30-27.
A decisão por parte da juíza Maria chocou ainda mais Alex. Segundo o manager, ter marcado três rounds para Paul é de uma estranheza fora do comum. O empresário afirma que, embora seja difícil conseguir uma anulação, é necessário que haja uma manifestação contra o resultado.
“Embora a gente saiba que eles não costumam rever essas coisas, precisamos falar sobre isso. Essas coisas precisam ser revistas, estudadas e revisadas para o bem de todos, tanto para lutadores quanto para equipes. Estamos apelando para a opinião pública, também. Em uma luta em que um juiz dá 30-27 para um lutador, e outro juiz dá 30-27 para outro, significa que existe algo bem errado”, finalizou Davis.
O duelo de Edson com Felder marcou uma reedição de um duelo realizado em 2015. Na ocasião, o friburguense levou a melhor sobre o oponente, levando o resultado na decisão unânime dos juízes.
O novo resultado positivo definiu a segunda derrota consecutiva para o brasileiro, que havia sido batido por Justin Gaethje no início do ano.