Se o que faltava para Cyborg no UFC era moral, o mesmo não acontece na nova casa da brasileira. De contrato assinado e rumo ao Bellator, a curitibana não precisará fazer uma luta de estreia para se tornar a desafiante ao título das penas (até 65,7kg.), que hoje pertence à canadense Julia Budd. Segundo o presidente da companhia, a primeira luta de Cris já será pelo cinturão. A declaração foi feita em entrevista recente ao ‘MMA Junkie’.
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“(Cyborg) definitivamente merece (a luta pelo título). Ela estava lutando uma vez por ano (no UFC), e é disso que ela estava reclamando. Definitivamente, podemos colocá-la no cage duas ou três vezes por ano”, disse Coker, que ainda não tem previsão da data do debute da brasileira..
Entre os diversos atritos de Cris com seus antigos patrões, uma das maiores era o tempo de inatividade imposto à atleta entre um combate e outro. Foram anos de negociações para que Cyborg pudesse integrar o grupo de lutadoras do Ultimate, no entanto, após sua estreia pela companhia, em 2016, não houve adesão por parte da empresa em buscar talentos que pudessem fazer frente à curitibana, tornando a frequência de combates da lutadora baixa.
Entre 2016 e 2019, a curitibana realizou sete confrontos. Em seu último compromisso, a atleta foi ao Canadá e conseguiu bater a atleta da casa, Felicia Spencer, ex-campeã do Invicta FC. O confronto representava a última luta do contrato da brasileira com o Ultimate.
A diretoria do UFC sonhava em mantê-la na organização para que pudesse realizar o aguardado e rentável reencontro entre Cyborg e Amanda Nunes, que se enfrentaram em dezembro de 2018 no combate que marcou a queda de Cris após mais de 10 anos de invencibilidade.
Após divergência entre as partes, a curitibana foi liberada do compromisso e estava livre para assinar contrato com qualquer outra empresa. O Bellator foi o local escolhido e, segundo a brasileira, os entusiastas de MMA poderão vê-la atuando por mais vezes durante o ano, já que a organização apresenta um maior número de lutadoras de sua divisão.
A próxima adversária de Cyborg está há 11 combates. Com 15 lutas no cartel profissional, Julia Budd foi derrotada apenas em duas ocasiões. Ambas por campeãs do UFC. Uma, para Ronda Rousey e a outra para Amanda Nunes, algoz de Cyborg.
Em sua última apresentação, Budd defendeu seu título contra Olga Rubin e venceu por nocaute no primeiro round na luta principal do Bellator 224, em julho deste ano.
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