Seis meses após sua estreia pelo Ultimate, Raulian Paiva realizará sua segunda luta pela organização. O peso mosca (até 56,2kg.), que foi derrotado em seu debute para Kai Kara-France, no UFC 234, terá a chance de se redimir e conquistar sua primeira vitória desde que assinou contrato com a empresa. Paiva se mostrou confiante para encarar o compatriota Rogério Bontorin na quarta luta do card preliminar do UFC Montevidéu, neste sábado (10). Em entrevista ao ‘Combate’, Raulian falou sobre seu desafio deste final de semana.
“O (Rogério) Bontorin é aquele atleta que não é para se dizer: ‘aquele atleta é muito perigoso’. Ele é bom, tem o mérito dele de estar no UFC, mas não vejo muitas armas para ele me vencer. Sou um atleta completo. O Bontorin gosta muito do jiu-jítsu e, se ele quiser fazer, vamos fazer. Confesso que não tem nenhuma área que me assuste. Se o jiu-jítsu dele é bom ou não, se o boxe dele é bom ou não, se ele é faixa preta de jiu-jítsu, isso não me assusta. Estou bem preparado e focado”, disse o peso mosca.
Paiva afirmou que, após sua derrota, ocorrida em fevereiro, buscou auxílio no exterior para aperfeiçoar algumas técnicas e tentar melhorar seu jogo para os combates futuros. O amapaense disse que foi convidado por Urijah Faber para compor o grupo de atletas que estavam na preparação para o UFC Sacramento, ocorrido no mês de julho. Raulian afirmou que o período nos Estados Unidos ajudou muito em seu plano de jogo.
“Foi um camp (período de treinamento) muito bom, bastante duro, até porque eu fiz a preparação com os caras que lutaram no UFC Sacramento e em outros UFC’s, também. Melhorei o jogo em tudo que sei, no jiu-jítsu, no wrestling, no kickboxing. Tudo que eu precisei ajustar, eu ajustei durante esses quatro meses.
Um dos empecilhos encontrados durante sua preparação foi a dificuldade em se adaptar em um outro país. Raulian não fala inglês, mas garantiu que está trabalhando para aprender o mais rápido possível.
“No começo, foi um pouco complicado, devido à cultura de lá (EUA) ser diferente do meu estado (Amapá). A língua também. Não falava nada de inglês, mas estou aprendendo ainda. Aos poucos, fui conquistando meu espaço, fazendo os amigos. Eu me acostumei com a América e vou ter que me acostumar com o Brasil de novo”, disse o lutador.
Em seu cartel profissional, Paiva, de 23 anos, soma 20 lutas. Em seus compromissos anteriores, o lutador conquistou 18 triunfos e duas derrotas.
Seu oponente, Rogério, 27, hoje, tem 15 vitórias e uma derrota em sua carreira. Assim como seu adversário, o lutador realizará sua segunda apresentação pelo UFC. No entanto, Bontorin venceu em sua estreia, que aconteceu em fevereiro desse ano.