Cyborg afirma que aceitaria contrato de uma luta, mas não estenderia compromisso

Ex-campeã das penas volta a falar sobre insatisfação com Dana White, mas se mostra aberta sobre fazer o combate de despedida contra Amanda Nunes

Cyborg (Esq.) encara Amanda (dir.). Foto: Reprodução / YouTube @ufc

A revanche entre Cris Cyborg e Amanda Nunes vem sendo um dos temas mais discutidos no universo do MMA nas últimas semanas. Após realizar a última luta de seu contrato com o Ultimate na última semana, a curitibana tem analisado a possibilidade de realizar um novo duelo contra a ‘Leoa’. Em entrevista recente ao ‘Combate,’ Cris afirmou que não teria problemas em formalizar um novo acordo de apenas uma luta, mas disse que não iria além disso.

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“Se ele aceitar o contrato de uma luta e a gente entrar num acordo, mas não com cláusula de campeão, só para fazer a luta que a galera gostaria de ver, Amanda Nunes e eu novamente, a gente pode fazer essa luta. Mas vamos ter que sentar e conversar. Só uma luta é de boa. Agora, dar continuidade disso, eu não vejo que conserte (a relação), porque a gente está tentando desde a minha primeira luta no UFC. Desde o primeiro corte de peso, então não sei. Eu já dei oportunidade para mudar, e estamos aguardando, esperando, mas se for uma luta não tem problema nenhum, é uma luta e deu, disse Cyborg.

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Cris já reclamou abertamente sobre a maneira com que foi tratada ao longo de sua carreira por Dana White. Há tempos, o presidente do Ultimate fez comentários ofensivos a respeito da aparência da lutadora, algo que, segundo Cris, a prejudica diariamente. O presidente do UFC, em uma determinada situação, insinuou que a brasileira tinha feições masculinas, chegando a sugerir que a atleta possuía um pênis, além de compará-la a Wanderlei Silva, um ídolo das artes marciais mistas.

Após a derrota para Amanda Nunes, em dezembro, que custou à Cyborg o cinturão das penas (até 65,7kg.), White foi a público dizer que a brasileira não aceitou uma revanche imediata contra a compatriota. Segundo Cris, uma nova luta foi solicitada um dia depois de seu revés, porém, ignorada pela diretoria do Ultimate.

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A curitibana é considerada, por muitos, a melhor atleta feminina de todos os tempos, por sua agressividade e pelo período em que se manteve invicta. Porém, após o revés para Nunes, a compatriota começou a afirmar que, por ter batido Cris, possuir dois cinturões no Ultimate e ter conquistado o que nenhuma mulher, até o momento, tinha feito, ela era a melhor da história. Sobre isso, Cyborg também comentou.

“Eu nunca falei que eu era a melhor de todos os tempos. É uma coisa muito grande, é muita arrogância você falar de você mesmo. Eu acho que é melhor outra pessoa falar de você, porque é real. É a mesma coisa que você perguntar para o seu pai uma coisa, ele vai te colocar lá em cima. A mesma coisa a gente. Quando os fãs falam algo de você, se os fãs acham que a Amanda é a melhor do mundo, que ela seja a melhor do mundo. Mas aí são os fãs que vão falar dela. Por isso que eu nunca falei de mim, sempre deixei que os fãs falassem. Acho que ela fez muito pelo esporte, mas acho que uma diferença entre nós duas é que eu fiquei por 13 anos invicta, fui campeã de três organizações, não querendo ser melhor que ninguém, mas fazendo o meu melhor”, finalizou Cyborg.

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Após o confronto com Felícia Spencer, no UFC 240, Cyborg deixou seu futuro em aberto. Com possibilidades de migrar, inclusive, para o Bellator, a brasileira ainda se mostra com vontade de enfrentar Amanda e, após o compromisso, se despedir do UFC.

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