O GLORY 66 aconteceu neste sábado (22), em Paris, e o Brasil fez bonito. O meio-pesado Felipe Micheletti venceu o holandês de origem caboverdense Luis Tavares por decisão dividida, e deve ser anunciado em breve como o próximo desafiante ao cinturão até 95kg da organização
Micheletti e Tavares fizeram combate parelho desde os primeiros instantes. O brasileiro apostou em fortes chutes médios com a esquerda para quebrar o ritmo e as esquivas sempre afiadas do adversário. Com fintas e contragolpes, Tavares pontou melhor no primeiro assalto. Micheletti descontou na segunda parcial. No assalto final, os momentos de vantagens novamente se alternaram, mas o kickboxer paulista convenceu os juízes de que foi mais eficiente, e assim acabou declarado vencedor.
“No GLORY não tem luta fácil. Esta foi minha segunda vitória consecutiva. Estou sempre pronto para qualquer situação. Se a organização achar que chegou a hora (de disputar o cinturão), vamos com tudo. Senão, continuaremos a evoluir”, disse Micheletti, logo após o desafio.
No peso galo feminino (até 55.3kg), a campeã Anissa Meksen (França) enfrentou a sueca Sofia Olofsson, em confronto que colocou frente a frente duas lutadoras com média de volume de golpes mais eficiente da categoria. Mas a fatura foi liquidada rapidamente. Meksen logo acertou um chute alto de esquerda que abriu o supercílio da oponente. Em seguida, outra saraivada de golpes obrigou o árbitro a interromper o combate e decretar o nocaute técnico para a francesa, que mais uma vez se firma como uma das campeãs mais dominantes do esporte.
“Quero continuar a fazer história no GLORY. Enfrento qualquer uma. Até homem, precisar”, mandou Meksen, ainda no ringue
No meio-pesado (até 95kg), o campeão Artem Vakhitov (Rússia) retornou ao ringue após um ano parado por causa de uma lesão na mão direita, e encarou o surinamês/holandês Donegi Abena. O combate começou equilibrado, mas o russo começou a sentiu o tempo afastado a partir da quarta parcial e baixou o ritmo ofensivo. O quinto assalto começou com o placar apontando dois rounds empatados e um vencido para cada lutador. No final, a vitória por decisão dividida pendeu para o campeão, fato instantaneamente contestado pelo público.
No meio-médio (até 77kg), o franco-camaronês campeão Cedric Doumbé provou novamente que é um dos melhores kickboxers peso-por-peso do mundo. Na revanche contra o azerbaijano Alim Nabiyev (que o havia vencido na edição 51), aproveitou uma joelhada com a guarda descuidada do adversário para encaixar potente cruzado de direita e mandá-lo à lona pela primeira vez. O azeri ainda retornou, mas foi prontamente nocauteado com outra sequência implacável de socos.
Cédric Doumbé venceu Alim Nabiyev por nocaute.
Anissa Meksen venceu Sofia Olofsson por nocaute técnico.
Hamicha venceu Adam Hadfield por nocaute técnico.
Felipe Micheletti venceu Luis Tavares por decisão dividida.
Artem Vakhitov venceu Donegi Abena por decisão dividida.
Artur Gorlov venceu Yegish Yegoian por decisão unânime.
Stoyan Koprivlenski venceu Mohammed Jaraya por nocaute técnico (corte).
Antonio Plazibat venceu Nordine Mahieddine por decisão unânime.
Aleksei Ulianov venceu Masaya Kubo por decisão unânime.
Michaël Palandre venceu Vlad Tuinov por decisão dividida.
Matej Penáz venceu Matthieu Ceva por nocaute técnico.
Guerric Billet venceu William Goldie-Galloway por decisão unânime.
Sarah Moussaddak venceu Aurore Dos Santos por decisão unânime.