TJ Dillashaw desabafa sobre caso de doping: ‘Eu trapaceei’

T. Dillashaw fala sobre o caso de doping. Foto: Reprodução/Instagram @tjdillashaw

O ex-campeão dos galos (até 61,2kg.) falou sobre o caso de doping que o suspendeu por dois anos do MMA. O atleta admitiu ter ingerido substâncias proibidas conscientemente e revelou os motivos que o levaram a tomar tal atitude. As declarações foram feitas em entrevista recente ao programa ‘You’re Welcome’, de Chael Sonnen.

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“Vamos começar. Antes de mais nada, eu trapaceei. Eu não quero fugir disso. Não quero inventar desculpas”, disse o ex-campeão.

O atleta revelou que o motivo pelo qual decidiu tomar a atitude de ingerir o hormônio sintético (Eritopoietina) ilegal foi a ambição de realizar algo grande para sua carreira. O atleta, neste caso, faz menção ao duelo que realizou contra Henry Cejudo na disputa pelo título dos moscas (até 56,7kg.), que ocorreu em janeiro, pelo UFC Nova York (EUA). Na ocasião, TJ teve de passar por um corte de peso extremo para conseguir bater o peso e cumprir o compromisso com a organização.

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“Eu estava muito interessado em fazer algo que nunca tinha sido feito antes. Não apenas ser campeão em duas categorias. Obviamente, eu queria isso, mas, mais do que tudo, queria provar que sou o melhor do mundo.”, desabafou Dillashaw.

O atleta afirmou que acreditava que conseguiria chegar ao peso dos moscas com facilidade. No entanto, com o passar das semanas de treinamento, o lutador começou a sentir o estresse em seu corpo, que não respondeu bem ao corte de peso.

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“E empurrei o meu corpo ao extremo. Cerca de seis semanas depois, o meu corpo começou a sentir. Comecei a ficar cansado, comecei a sentir que não queria acordar para treinar”, contou TJ.

Percebendo que não conseguiria ser efetivo em seu desafio, o atleta, então, optou por ingerir a substância de melhoramento de performance. Com isso, o atleta burlou as políticas do Ultimate e acabou flagrado pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA).

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“Decidi tomar algo que sabia que não podia tomar. Chama-se Procrit. É um medicamento para a anemia que me ajudaria, não só a fazer o peso, mas a ser eu mesmo. E, você sabe, eu não estou bravo, eu fiz isso, porque eu não acho que eu poderia ter entrado na briga. É óbvio que trapaceei e fui pego. É duro. É difícil não se odiar um pouco”, confessou o norte-americano.

Na época, Dillashaw era o detentor do título dos galos. No entanto, sabendo que seria suspenso pela USADA, o atleta abdicou de seu cinturão e aguardou sua sentença.

No dia 9 de abril deste ano, a Agência Antidoping divulgou em nota a suspensão do atleta por dois anos, sendo a pena máxima permitida. Desta forma, o norte-americano não pode atuar em eventos de MMA profissionais. O lutador não contestou a pena e acatou a decisão.

Após o julgamento, o ex-campeão poderá retornar às suas atividades apenas em janeiro de 2021, próximo dos seus 35 anos. Com isso, o lutador terá que voltar a escalar a divisão dos galos rumo aos primeiros colocados da categoria.

TJ, em sua carreira como atleta profissional já atuou por 20 vezes, vencendo 16 e sofrendo quatro reveses.

Publicado por
VH Gonzaga
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