Aos 44 anos, Anderson Silva ainda chama atenção onde quer que esteja. Neste sábado (11), o brasileiro enfrentará Jared Cannonier na luta co-principal do UFC 237, no Rio de Janeiro. O atleta não se apresenta no Brasil desde 2012, quando deu um show na vitória sobre Stephan Bonnar, UFC 153.
Se existem lutadores que podem ser chamados de ‘completos’, Anderson Silva certamente faria parte desse seleto grupo. Dono de uma categoria sem igual, de movimentos cinematográficos e com uma carreira invejável, ‘Spider’ escreveu em ouro seu nome entre as lendas das artes marciais mistas.
Seu extremo respeito por todas as modalidades de lutas o fez se formar como um atleta competente em diversas áreas, o que promove um fator dificultador para qualquer adversário que ousasse desafiá-lo.
Aos 44 anos, o paulistano, mesmo não apresentando o mesmo vigor físico de alguns anos atrás, ainda tem competência para atrair o público e ainda poder realizar a luta co-principal de um evento tão importante como o UFC 237.
Durante anos, Anderson foi considerado o lutador mais importante do Ultimate, juntamente com Jon Jones e Georges St-Pierre, talvez. Seu incrível número de defesas de cinturões (10, no total) o deram status de estrela mundial fazendo com que muitos atletas que surgem atualmente o tenham como modelo a ser seguido.
Em sua última luta, ocorrida no início do ano, Silva teve pela frente um adversário que viria a se tornar detentor do cinturão que um dia lhe foi de direito. ‘Spider’ enfrentou o talentoso e promissor Israel Adesanya em um duelo que muitos apostaram que seria um episódio vexatório para o brasileiro. Mais jovem, com mais fôlego e com movimentos que se assemelham ao que Anderson já foi um dia, Israel entrou para a luta demonstrando um respeito ímpar pelo lutador.
Silva foi, sim, derrotado. Porém, ao contrário do que muitos pensavam, ‘Spider’ vendeu caro o duelo e, diferente do usual, atuou de forma mais séria durante os três rounds do embate. Como no roteiro do filme ‘Rocky Balboa’, de 2006, os juízes declararam Adesanya como vencedor. No entanto, Anderson teve seu braço levantado pelo adversário como forma de respeito e agradecimento.
No próximo sábado, Silva volta a lutar contra um adversário perigoso e bem mais jovem. Jared Cannonier é conhecido por sua grande explosão e força nos inícios de seus combates. O peso médio (até 83,9kg.) veio da categoria dos pesados (até 120,2kg.) e, como a maioria dos ‘gigantes’, possui um considerável poder de nocaute.
O brasileiro já afirmou que não precisa provar mais nada para ninguém. Segundo o próprio, ele continua lutando pois ama sua profissão e pretende cumprir seu contrato com o Ultimate até o fim de suas lutas. ‘Spider’ confirma que restam três ou quatro duelos para realizar dentro do UFC. Existe, portanto, uma grande possibilidade de os fãs poderem acompanhar um pouco mais da carreira deste ídolo no ano de 2020.
Em sua carreira, Anderson Silva já lutou por 44 vezes, vencendo em 34 oportunidades e sendo derrotado nove. Possui uma derrota por desqualificação e um embate sem resultado.
Seu adversário, no entanto, possui menos experiência. O norte-americano lutou por 13 vezes, vencendo 10 e saiu derrotado em três oportunidades.
CARD PRINCIPAL: (a partir das 23h)
Peso palha: Rose Namajunas x Jéssica Bate-Estaca – válida pelo cinturão
Peso médio: Jared Cannonier x Anderson Silva
Peso pena: José Aldo x Alexander Volkanovski
Peso meio-médio: Thiago Pitbull x Laureano Staropoli
Peso meio-pesado: Rogério Minotouro x Ryan Spann
CARD PRELIMINAR: (a partir das 19h15)
Peso leve: Thiago Moisés x Kurt Holobaugh
Peso galo: Irene Aldana x Bethe Pitbull
Peso leve: BJ Penn x Clay Guida
Peso mosca: Luana Dread x Priscila Pedrita
Peso meio-médio: Warlley Alves x Serginho Moraes
Peso galo: Raoni Barcelos x Carlos Huachin