Claudinha Gadelha: “No Brasil a gente treina muito, mas da maneira errada”

Brasileira, que está treinado nos EUA, afirmou que método de treinamentos no exterior é mais eficiente

Gadelha (foto) enalteceu o método de treinamento dos EUA. (Foto: UFC / Reprodução)

Gadelha (foto) enalteceu o método de treinamento dos EUA. (Foto: UFC / Reprodução)

A brasileira Claudinha Gadelha, que recentemente deixou a academia carioca Nova União para treinar nos Estados Unidos (atualmente está na equipe do treinador Greg Jackson), deu uma declaração forte sobre a diferença entre os treinamentos realizados no Brasil e no exterior. Segundo ela, a cultura de treinos norte-americana é mais eficiente que a entregue em seu país natal.

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“Estava na hora de ter um camp mais relax, conseguir descansar mais, focar mais na parte técnica. No Brasil a gente treina muito, procura muito evolução, mas da maneira errada, porque acabamos treinando demais. Não é nem por falta de informação. É que o brasileiro é tão sofrido que quer muito, e treina demais. Mas às vezes isso não é a coisa certa. Aqui a diferença é essa. Eles sabem periodizar o treinamento melhor, descansam mais. Estou sentindo a diferença nessa parte” declarou Gadelha durante entrevista concedida via Skype nesta terça-feira (18), em um “Media Day” organizado pelo Ultimate, no Rio de Janeiro.

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Claudinha chegou, inclusive, a citar um possível ‘overtraining’ (quando o atleta treina excessivamente) como um dos fatores para sua última derrota, quando disputou o cinturão peso palha do UFC contra Joanna Jedrzejczyk, em julho passado, mas perdeu na decisão unânime dos juízes. Para a lutadora, o fato de ter começado a se preparar com 17 semanas de antecedência pesaram em seu desempenho final.

“Nunca senti, em nenhum treino, o que eu senti naquela luta. Meu braços pesaram, não consegui mais lutar. Revendo o que aconteceu, eu exagerei com a vontade para vencer. Fiz 17 semanas de camp, é um absurdo. Eu me senti uma mulher maravilha, a mais treinada do mundo para essa luta. Mas, às vezes, treinar demais não é o certo. É isso que eu estou aprendendo, conhecendo outras equipes, outras mentalidades. O preparo físico foi o meu problema porque eu passei do ponto. Cheguei ao ponto em que deveria estar bem antes da luta e, ali na hora, meu corpo não estava mais aguentando”, disse ela.

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Claudinha Gadelha, 27 anos, retorna ao octógono no UFC São Paulo, evento que acontecerá dia 19 de novembro, no Ginásio do Ibirapuera. Ela enfrenta a norte-americana Cortney Casey na terceira luta mais importante da noite.

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