Belfort critica política de patrocínios do UFC, mas garante que não abandonará o evento

Brasileiro citou altos custos que antecedem uma luta e pediu que lutadores sejam mais valorizados

Vitor (foto) enfrentará D. Henderson em São Paulo. Foto: Divulgação

Vitor (foto) volta a lutar em maio, no UFC 198, em Curitiba. Foto: Divulgação

Crítico constante da nova política de patrocínios do UFC, que concedeu exclusividade no fornecimento de material esportivo e na exposição de marcas no octógono à Reebok, Vitor Belfort voltou a reclamar da forma como a organização vem lidando com seus atletas. Belfort, porém, garantiu que não deixará o Ultimate por esse motivo, mas tentará fazer com que o evento se adapte e encontre um novo formato.

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“Eu não preciso mudar de evento, não preciso fugir. O ditado diz: o grande amigo não é o cara que fala só coisas que você quer ouvir, é o que fala as verdades. Sou fiel à organização, acredito nela, lutei por ela. O UFC está na Globo porque chamei o dono dela, o Robertinho (Marinho), e sentei com ele e o Lorenzo (Fertitta) em um jantar. Não é porque estou contra eles nesse sentido que quero abandoná-los. Quero estar junto na mudança. É fácil estar junto na hora da alegria. E na hora da tristeza? Quero mostrar ao UFC que ele estão errados e que irão mudar. Basta eles tomarem uma decisão, trazerem o modelo da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais)”, disse o “Fenômeno”, em entrevista ao site do canal “Combate”.

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O ex-campeão também citou os altos custos de um camp de treinamento para justificar seu ponto de vista. “Um camp custa muito dinheiro, pode variar de 100 a 200 mil dólares. Outra coisa importante citar é que se o lutador se contundir, o prejuízo todo é do lutador. Investimos em nós mesmos, mas ninguém paga para você. Tinha que ter um salário base para quem faz luta principal e co-luta principal. Se você é do card preliminar, ganha ‘X’ ou vai ter o direito de o patrocinador ajudar a pagar o camp. Se o lutador não está satisfeito, algo está errado. É isso que tem que mudar, com urgência. Temos que arrumar um modelo em que todos estejam satisfeitos. A insatisfação não é só minha, é de vários lutadores, que sofrem com isso. Estou perdendo milhões, milhões, muitos milhões. Mas não é questão do valor, porque o Vitor Belfort está aí há 20 anos, cada um tem seu valor. Nem sempre o cara que está ganhando tem mais valor de mercado que o cara que tem história. Tem que existir um modelo que traga benefícios para os lutadores, que são a cereja do bolo”, garantiu.

Vitor Belfort volta ao octógono no próximo dia 14 de maio, em Curitiba (PR). O Fenômeno fará a luta co-principal do UFC 198, no estádio Arena da Baixada, diante do compatriota Ronaldo Jacaré. O duelo vem sendo apontado como uma eliminatória pelo título dos médios.

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