Anderson Silva ignora acordo milionário e diz que não pretende usar marca parceira do UFC

Spider disse que mesmo com parceria entre o Ultimate e a Reebok não se sente a vontade para usar os produtos

Sempre que pode, seja patrocinado ou não, Anderson dá preferência por materiais da marca Nike. Foto: Josh Hedges/UFC

Sempre que pode, seja patrocinado ou não, Anderson dá preferência por materiais da marca Nike. Foto: Josh Hedges/UFC

Em dezembro do ano passado, o UFC assinou um contrato de mais de R$ 180 milhões que garante exclusividade no fornecimento de material esportivo com a Reebok, para que todos os atletas da organização passem a utilizar uniformes no octógono e roupas da marca durante toda a agenda oficial de suas lutas. Apesar da obrigatoriedade do uso pelo evento e as cifras envolvidas, Anderson Silva não parece estar inclinado a aderir à marca parceira a partir de agora.

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“Eu não gosto dessa ideia. Quando você usa uma marca, ela precisa passar verdade, precisa existir uma ligação. Não tenho identificação nenhuma com a Reebok. Sempre usei Nike, mesmo antes de ter contrato. Não é porque acabou nosso vínculo que eu vou parar de usar. É uma verdade, uma marca que me identifico. Não adianta colocar uma marca que não tenha um relacionamento”, disse o Spider, em entrevista ao portal Terra.

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Segundo Anderson, caso apareça com outra marca, que não aquelas com quem se dá bem, ele não transmitiria sinceridade para seus fãs. “Não vou usar porque não vai ter verdade, não posso passar para os meus fãs uma coisa que não é verdade. Sempre mando fazer meus uniformes e talvez continue usando eles. Ainda não renovei meu contrato com a Nike, mas não uso a marca por ser mais forte, mas sim porque sempre usei. Aliás, não só eu, mas toda minha família, só usamos Nike e Adidas”, contou.

Apesar da resistência, no entanto, pelo menos na semana de lutas, nos programas oficiais e materiais de divulgação, Anderson Silva terá que ceder e usar Reebok. Isso porque, o acordo firmado entre a fornecedora de material esportivo e o UFC entra em vigor no próximo mês de julho e, a partir de então, não permite que qualquer lutador, seja ele um campeão consagrado ou um estreante desconhecido, apareça no octógono sem fazer uso da marca. O contrato garante que pelos próximos seis anos, os lutadores receberão valores proporcionais a suas posições no ranking oficial, em pagamentos relativos a seus direitos de imagem, e também uma parcela do faturamento de produtos relacionados a eles.

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Além disso, os atletas poderão manter seus patrocinadores pessoais e participar de eventos, ações publicitárias ou usar seus produtos e serviços, desde que isso não aconteça em nenhum evento oficial do UFC. Por outro lado, está vetada a exposição de outras marcas nas roupas, bonés ou banners.

O primeiro evento realizado já com o novo contrato em vigor será o UFC 189, no dia 11 de julho, em Las Vegas (EUA). O card sucede a “International Fight Week”, feira anual realizada pelo UFC, onde a Reebok também já terá exclusividade na exposição de sua marca junto aos atletas e a organização.

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