Ex-campeã mundial peso palha (até 52,1 kg.), Jéssica Andrade vive uma situação difícil em sua vida pessoal. A lutadora processou o ex-treinador, Gilliard Paraná, na justiça norte-americana. De acordo com Bate-Estaca, ela teria sido roubada no valor de US$ 2 milhões pelo técnico (pouco mais de R$ 11 milhões), que nega as acusações.
Em entrevista ao site norte-americano MMA Fighting, a atleta explicou que suas contas bancárias eram administradas por Paraná. Ela não teria acesso aos seus ganhos financeiros.
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“Temos uma ação judicial sobre a TransferWise e o dinheiro que foi repassado para outras pessoas que nunca vi na vida. Isso aconteceu quando ele cuidava das minhas finanças e eu não tinha acesso a nada. A certa altura ele disse: ‘Jessica, olha, deixa eu cuidar disso para você, você não precisa se preocupar com nada’. E como sempre, eu confiei nele. Ele removeu meu acesso à conta. Ele disse: ‘Você não precisa olhar suas contas, você terá um salário mensal’”, afirmou a lutadora.
Jéssica, que tem 27 lutas na organização, se disse tranquila com a situação. De acordo com ela, o processo foi registrado apenas nos Estados Unidos, local onde reside. Já Gilliard, retornou ao Brasil.
“Posso dormir à noite sabendo que fiz coisas boas a todos e nunca fiz nada de mal a ninguém. O que ele tirou de mim é tudo que ele vai ter, porque ele perdeu todos os atletas, perdeu tudo. A única coisa que ele ainda tem é a academia em Curitiba, que abriu com meu dinheiro, e é tudo que ele vai ter pelo resto da vida”, completou.
A versão do ex-treinador de Jéssica Bate-Estaca
Gilliard Paraná negou veementemente as acusações. De acordo com o técnico, em comunicado liberado para o mesmo site, a lutadora nunca teve acesso negado os recursos financeiros, nem tampouco trabalhava como seu empresário.
“Nunca foi como ela está insinuando, que eu roubei um único centavo dela, muito menos a quantia que ela está falando. Ela tem muitas despesas, e são tantas que ela até se perde nos cálculos. Jéssica não é incapaz. Nunca foi proibida de ir ao banco, de ligar e saber como estavam suas contas. Ela sempre teve total acesso às suas coisas e sempre foi inteligente o suficiente para saber tudo o que acontecia em sua vida financeira. Eu era apenas seu conselheiro quando ela precisava e pedia. Mas tudo isso será comprovado se houver uma investigação coerente”.
Sobre as alegações de enriquecimento, Gilliard afirmou estar sendo perseguido, lembrando do seu trabalho com outros lutadores, em diversas outras organizações.
“Em todos os anos que ela esteve comigo, sempre tive outros atletas. Na verdade, nos últimos anos, tive quatro lutadores simultaneamente no UFC. Pela narrativa dela eu não tinha salário, não tinha outros empregos, não tinha outros atletas e tudo que comprei na vida roubei dela. Está realmente se tornando uma perseguição ela tentar me difamar. Tive quatro atletas no UFC e sempre ganhei muito com eles porque cumpri o que prometi. Certamente, se comprei alguma coisa, se tenho algum patrimônio, é graças ao meu trabalho como um todo, nada vindo da coisa errada”, concluiu.
Jéssica Andrade
Aos 32 anos de idade, Jéssica se sagrou campeã peso palha (até 52,1 kg.) ao nocautear a norte-americana Rose Namajunas no UFC 237, em maio de 2019. Em 2021, a brasileira disputou o cinturão peso mosca (até 56,7 kg.) contra Valentina Shevchenko. Atualmente, se encontra numa sequência de duas vitórias seguidas, sobre Mackenzie Dern e Marina Rodriguez. Neste sábado (7), ela enfrenta Natália Silva, no UFC Vegas 97.
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