Como um ‘carrapato’, Erin Blanchfield anula trocação de Taila Santos e vence duelo no UFC Singapura

A norte-americana usou a luta agarrada para deixar a brasileira desconfortável, travou o duelo no clinch durante todo o tempo e se aproximou de uma possível disputa do cinturão peso mosca

E. Blanchfield venceu T. Santos no UFC Singapura (Foto: Instagram/@ufc)

Uma das maiores promessas da divisão peso mosca (até 56,7kg), Erin Blanchfield bateu mais uma atleta de destaque na categoria. No card principal do UFC Singapura, que aconteceu neste sábado (26), a norte-americana lutou como um ‘carrapato’ com a brasileira Taila Santos, anulou a trocação da atleta tupiniquim e saiu vitoriosa na decisão unânime dos juízes.

Número três do ranking, Blanchfield pode ter consolidado sua oportunidade de disputar o cinturão peso mosca e ficará ‘secando’ para que ninguém se destaque no duelo entre Manon Fiorot e Rose Namajunas que acontece no UFC Paris. A norte-americana venceu suas seis lutas na organização e possui um cartel de 12 triunfos e apenas um revés como profissional.

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Ex-desafiante ao cinturão, Taila sofre sua segunda derrota seguida vê um ‘sinal amarelo’ acender em sua carreira. A atleta tupiniquim agora marca 19 resultados positivos e três negativos no esporte.

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Anulada pela norte-americana

O embate começou com Taila tentando usar os chutes baixos e batendo e saindo para se movimentar, enquanto Erin tentava encurtar para grudar e usar o seu eficiente jogo de luta agarrada. Taila acertou um cruzado que abriu um corte no nariz da norte-americana. Blanchfield encurtou novamente e grudou a ex-desafiante na grade, travando-a no confronto. Poucos segundos depois, Taila conseguiu sair da posição e as duas lutadoras voltaram ao centro do cage. Certeira nos contragolpes, Taila conseguia se sair bem diante da tentativa de pressão imposta pela norte-americana. No minuto final, Blanchfield grudou novamente na brasileira e a manteve presa à grade, mesmo sem muita efetividade, até o primeiro soar do gongo.

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As duas atletas partiram para a trocação franca desde o início da segunda parcial e Erin voltou a grudar Taila na grade, percebendo que estava tendo dificuldades na trocação contra a brasileira. Mesmo ainda com pouca efetividade, Blanchfield usava a isometria do duelo próximo à grade para cansar a brasileira e mantê-la longe do seu ponto forte, a trocação. Ao tentar uma ‘queda de sacrifício’, Taila acabou caindo por baixo e favoreceu a estratégia da sua rival. Na meia guarda, Erin passou a ser mais efetiva transitando entre a tentativa de katagatame e alguns socos no rosto da brasileira, que lutava para se defender. No minuto final, Taila conseguiu ficar de pé mas não conseguiu escapar do jogo de ‘carrapato’ da norte-americana.

No terceiro round, Taila tentou pressionar desde os primeiros segundos mas recebeu dois jabs limpos de encontro. Na primeira oportunidade, Blanchfield voltou a grudar novamente na brasileira e prendê-la na grade. ‘Sem descansar’, Erin insistia na estratégia de se manter colada na brasileira, porque, mesmo sem conseguir a queda, ela conseguia pontuar e cansar cada vez mais a brasileira. De volta ao centro do cage, Taila aparentava bastante cansaço, enquanto a norte-americana mostrava bom preparo e começava a levar pequena vantagem até mesmo nos poucos segundos de trocação. Nos segundos finais, as duas atletas trocaram golpes de forma franca no centro do cage e levantaram o público após o soar do gongo.

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Anthony Smith supera lesão no olho e vence Ryan Spann na decisão dividida dos juízes

A. Smith durante luta pelo UFC (Foto: UFC/Divulgação)A luta co-principal do UFC Singapura se encaminhava para um duelo tranquilo para Anthony Smith. O ‘Coração de Leão’ dominava Ryan Spann na trocação, usava bem a distância e alternava socos e chutes e uma forma que deixava o seu rival altamente desconfortável no confronto. Entretanto, durante o segundo round, Spann acertou um lindo cruzado que acertou em cheio o olho de Smith e o fez ficar atordoado com todo o sangue e o inchaço provocado pela lesão.

Na última parcial, o ritmo do confronto diminuiu. Spann não aproveitou o bom momento para capitalizar e tentar nocautear ou finalizar e Smith passou a atacar de forma cautelosa, buscando se expor menos e evitando a curta distância para não receber ainda mais golpes na região lesionada. Ao fim dos 15 minutos, vitória de Anthony Smith na decisão dividida dos juízes.

Junior Tafa segue ‘tradição’ e nocauteia Parker Porter

J. Tafa após vitória no UFC (Foto: Instagram/@ufc)

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O duelo que abriu o card principal do UFC Singapura mostrou que existem tradições de família que não se devem ser quebradas. Após ser nocauteado por Justin Tafa, o peso pesado (até 120,2kg) Parker Porter sucumbiu ao poder de fogo do irmão mais novo do seu algoz, Justin e foi brutalmente derrotado pelo mesmo método ainda no primeiro round.

Após ser derrotado por Mohammed Usman em sua estreia no Ultimate, Junior Tafa se recupera na organização e segue no objetivo de mostrar que pode ser um sopro de renovação na combalida divisão dos pesados. O lutador neozelandês possui um cartel no MMA de cinco triunfos e apenas um revés.

Já o veterano Parker Porter volta a viver momento delicado na carreira com três derrotas em suas últimas quatro lutas. O lutador de 38 anos marca 14 resultados positivos e nove negativos como profissional do esporte.

Promessa japonesa tem atuação exuberante e se mantém invicto

R. Nakamura é promessa do peso galo (Foto: Twitter/@ufc)

Prospecto da divisão peso galo (até 61,2kg), Rinya Nakamura entregou uma atuação de chamar a atenção dos fãs e do restante da categoria. A promessa japonesa dominou o mexicano Fernie Garcia do começo ao fim do confronto e saiu vitorioso em uma tranquila decisão dos juízes. Nakamura segue invicto no MMA profissional, agora com oito triunfos conquistados na carreira.

Chikadze vence Caceres por pontos e retorna em grande estilo

G. Chikadze derrotou A. Caceres no UFC Singapura (Foto: Reprodução/Instagram)

Após 19 meses de ausência do octógono, Giga Chikadze retornou em grande estilo ao Ultimate. Depois de sofrer sua primeira derrota em oito lutas na organização para Calvin Kattar, em janeiro de 2022, o georgiano tirou um ‘ano sabático’ e buscou limpar a mente e evoluir tecnicamente.

No card do UFC Singapura, Giga mostrou a já tradicional trocação de alto nível, soube lidar com a envergadura de Alex Caceres e saiu vitorioso na decisão unânime dos juízes. O triunfo fará com que o georgiano se mantenha no top-10 da divisão peso pena.

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