Novo campeão dos moscas (até 56,7kg.) do UFC, Alexandre Pantoja deu maiores detalhes sobre as dificuldades enfrentadas nos Estados Unidos antes de atingir o estrelato no MMA. Em entrevista ao programa ‘Bola da Vez ESPN’, o brasileiro descreveu os momentos dificuldades passados junto à família. O atleta afirma que, além de motorista de aplicativo, trabalhou como pedreiro no país norte-americano.
“Chegando na Flórida (EUA), já começa a procurar trabalho. Eu sabia que o dinheiro ia ficar curto. Comecei de pedreiro, quebrando parede. Depois, eu fui para pintura. O que tinha para fazer. Não foi sacrifício. Foi trabalho. A possibilidade de trazer meus filhos de volta para mim. Esse é o sacrifício da minha vida, ter ficado longe. Durante muito tempo, fui motorista de aplicativo. Quando a pandemia acontece, minha família está nos Estados Unidos comigo, fecha tudo, a gente trabalha com show, espetáculo. Então, não tem mais show, não tem mais grana. Tenho que falar para minha esposa voltar para o Brasil com meus filhos. Mas eu falo para ela: ‘A gente vai voltar’”, descreveu o campeão.
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Mesmo com as dificuldades citadas, Pantoja apostou no sonho de se inserir na história do MMA mundial como campeão do UFC. O atleta, porém, trata o título conquistado como parte de um grande triunfo, já que considera maior a oportunidade de promover uma melhor condição à família.
“Chegou um momento que a gente ficou sem dinheiro. Investiu na casa, investiu no nosso documento, no ‘green card’ (visto permanente de imigração). E minha esposa fala: ‘Não, não tem problema.’ Começou a trabalhar como faxineira nos Estados Unidos. Eu comecei a trabalhar com o aplicativo. E eu falo, não é sacrifício, não é demérito. A gente trabalhou pela nossa família, trabalhamos para conquistar o que a gente buscava e muito mais do que conquistar o cinturão, a gente conquistar a nossa independência, o futuro dos nossos filhos, a oportunidade de eles estarem estudando, aprendendo inglês. A oportunidade que a gente nunca teve”, encerrou.
Retrospecto de Alexandre Pantoja
Representante do Ultimate desde 2017, Alexandre, por anos, foi destaque do peso mosca. No entanto, foi em 2023 que o atleta tornou o sonho realidade.
No UFC 290, o brasileiro dividiu o octógono com Brandon Moreno, então líder do grupo. Após verdadeira batalha de cinco rounds, o tupiniquim foi declarado vencedor na decisão dos juízes.
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