12 de novembro de 1993. Acontecia em Denver, Colorado (EUA), um torneio criado para definir qual era a melhor e mais efetiva arte marcial. O que talvez ninguém imaginasse, é que nascia naquele dia, a maior organização de artes marciais mistas da história e que 28 anos depois, a empresa ainda tivesse tanto destaque no mundo das lutas. Em comemoração aos 28 anos do Ultimate Fighting Championship, o SUPER LUTAS faz uma pequena retrospectiva da história do evento.
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A Criação
O norte-americano Art Davie, um conhecido empresário do mundo dos negócios teve a idéia de criar um torneio sem regras, com atletas de diversas artes marciais para definir qual era a melhor modalidade. Para isso, Davie pediu ajuda a Rorion Gracie, então proprietário da academia de sua família e John Milius, um notável diretor e roteirista de filmes. O planejamento inicial era chamar o evento de ‘Guerra dos Mundos’.
Juntos, os três criadores convocaram oito atletas, de sete modalidades diferentes: Patrick e Kevin Rosier (Kickboxing), Gerard Gordeau (Savate), Zane Frazier (Karatê), Ken Shamrock (luta livre), Teila Tuli (Sumô), Art Jimmerson (Boxe) e Royce Gracie (Jiu-Jítsu).
O Primeiro evento. O primeiro campeão.
No dia 12 de novembro de 1993, na McNichols Sports Arena em Denver, Colorado (EUA), os oito atletas se reuniaram para decidir qual arte marcial sairia vencedora do torneio. Para a surpresa de muitos, a família Gracie escolheu o seu membro mais novo para representar o clã: Royce. O prêmio para o campeão, além do troféu, seria de US$ 50 mil.
Durante a noite de lutas, todos ficaram perplexos de ver como o franzino membro da família Gracie vencia os seus combates de forma dominante. Royce levou apenas 4m59s para finalizar seus três oponentes naquele card: Jimmerson, Shamrock e Gordeau. Naquele dia, o jiu-jítsu era apresentado de forma ‘oficial’ ao restante do mundo.
O que era para ser apenas uma noite de espetáculos, se estende por mais um evento e depois outro. Em entrevista ao canal oficial do UFC no youtube, o atual presidente Dana White resumiu bem, o que foi o sucesso da noite de 12 de novembro: ‘Ele (UFC) se deu tão bem no pay-per-view que eles decidiram fazer outro e outro. Nunca em um milhão de anos, eles pensaram que estavam criando um esporte’.
Royce foi campeão em três das quatro primeiras edições do Ultimate Fighting Championship e as suas atuações nos primórdios do evento, inspiram lutadores até os dias de hoje.
Os anos seguintes: da quase falência ao sucesso absoluto
A primeira década do UFC não foi só de glórias, como era esperado. A falta de regras e a natureza violenta do novo esporte, a proibição em diversos estados norte-americanos e a baixa audiência televisiva, quase fez a companhia fechar as suas portas. Até que em 2005, veio a ‘última tacada’ de Dana White e dos novos donos, os irmãos Frank e Lorenzo Fertitta, proprietários da empresa ZUFFA.
O reality show ‘The Ultimate Fighter’ foi lançado em janeiro de 2005 no canal norte-americano Spike TV. O objetivo do programa era mostrar a rotina de um lutador de MMA e dar ao vencedor um contrato com a organização. O show foi um completo sucesso na TV, alcançando ótimos indíces de audiência. A mistura dos treinadores Chuck Liddel e Randy Couture com jovens promissores e talentosos como Diego Sanchez, Chris Leben, Josh Koscheck, Forrest Griffin, entre outros, deu ao UFC a visibilidade e audiência necessários para seguir vivo.
A consolidação no mercado
Após o impulso dado pelo ‘The Ultimate Fighter‘, o UFC se consolidou de vez como a maior do mercado entre as organizações de artes marciais mistas. Em 2007, Dana e os irmãos Fertitta anunciaram a compra do evento japonês PRIDE Fighting Championship, até então a maior rival da empresa a nível mundial.
Em 2010, o WEC (World Extreme Championship), organização pertencente a ZUFFA, mas que abrigava lutadores de categorias abaixo dos 70kg, teve o seu plantel incorporado ao Ultimate. Em 2011, aconteceu o que seria o golpe definitivo do UFC em direção ao monopólio: a a empresa comprou o único rival que ainda conseguia incomodá-lo nos Estados Unidos: o STRIKEFORCE. Poucos meses depois, a organização também teve os seus atletas (alguns) incorporados aos quadros do Ultimate.
Os maiores campeões
Durante os seus 28 anos, o UFC teve diversos campeões. Muitos deles foram dominantes e soberanos em suas categorias durante vários anos: Anderson Silva, Jon Jones, Georges St-Pierre, Amanda Nunes e Demetrious Johnson foram alguns deles. Veja a lista dos cinco reinados mais duradouros do Ultimate.
1 – Demetrious Johnson – 11 defesas de cinturão
2- Anderson Silva – 10 defesas de cinturão
3- Georges St-Pierre – 9 defesas de cinturão
4- Jon Jones – 8 defesas de cinturão
5 – José Aldo – 7 defesas de cinturão
Atuais campeões
Com um número maior de categorias do que o seu início, hoje o Ultimate possui 12 campeões lineares em seu plantel. Entre essas divisões, temos três brasileiros com cinturões de quatro divisões diferentes: Charles do Bronx (Peso Leve), Glover Teixeira (meio-pesado) e Amanda Nunes (Galo e Pena feminino).
Veja a lista de campeões:
MASCULINO
Peso Pesado (até 120,2kg) – Ciryl Gane (Campeão interino) e Francis NGannou (Campeão linear)
Meio-Pesado (até 93kg) – Glover Teixeira
Peso médio (até 83,9kg) – Israel Adesanya
Peso meio-médio (até 77,1kg) – Kamaru Usman
Peso leve (até 70,3kg) – Charles Do Bronx
Peso Pena (até 65,7kg) – Alexander Volkanovski
Peso Galo (até 61,2kg) – Petr Yan (campeão interino) e Aljamain Sterling (campeão linear)
Peso Mosca (até 56,7kg) – Brandon Moreno
FEMININO
Peso Pena (até 65,7kg) – Amanda Nunes
Peso Galo (até 61,2kg) – Amanda Nunes
Peso Mosca (até 56,7kg) – Valentina Shevchenko
Peso palha (até 52,2kg) – Rose Namajunas
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